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Peça sobre Chico Buarque é cancelada após ator xingar Lula e Dilma

Público se manifestou com gritos de "não vai ter golpe". Em áudio que circula pelas redes sociais, Claudio Botelho teria continuado a esbravejar nos bastidores

Por Redação
Atualizado em 1 jun 2017, 16h16 - Publicado em 20 mar 2016, 15h54

O espetáculo “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos” terminou na noite de sábado (19), em Belo Horizonte, antes do tempo previsto.

Durante a apresentação, o ator e diretor Claudio Botelho chamou a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula de “ladrões”, o que provocou a ira de parte da plateia, que entoou gritos de “não vai ter golpe”.

Depois disso, Botelho retrucou e falou: “Vamos terminar o espetáculo e ver se não vai ter golpe”, o que elevou o número de vaias. A direção da peça decidiu então suspender a sessão na hora e cancelou a apresentação programada para este domingo.

Em nota, o Sesc Palladium afirma que não concorda com a posição de Claudio Botelho (ele é um dos diretores do musical Cinderella, que está em cartaz no Teatro Alfa, em São Paulo) e que respeita a opinião do público.

Confira a íntegra do comunicado do Sesc Palladium, de Belo Horizonte:

“Em decorrência da manifestação espontânea do diretor e ator do espetáculo “Todos os Musicais de Chico Buarque em  90 Minutos” e em função dos desdobramentos ocasionados por tal atitude, a apresentação de ontem (19/03) foi interrompida e a de hoje (20/03) cancelada.

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O Sesc em Minas não corrobora com as manifestações políticas de cunho pessoal e respeita as diversas opiniões de seu público, sempre priorizando a segurança de todos.

Lamentamos o ocorrido e os transtornos gerados”.

Veja o vídeo do momento em que a plateia se voltou contra o ator:

 

Conversa nos bastidores vaza na internet

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Um áudio divulgado na internet mostra Botelho conversando com a atriz Soraya Ravenle, sua colega de elenco. A conversa, tensa, segue nos bastidores da peça após a sua interrupção, ainda no Sesc Palladium.

Durante a discussão, Soraya tenta acalmar Botelho e dizer que ele não poderia ter provocado a plateia naquele tom em uma semana de tensão política no país. É nesse momento que o diretor solta um comentário racista: “Um ator não pode ser peitado por um ‘nego’… Um ator que está em cena é um rei! Não pode ser peitado. Não pode ser peitado por um negro, por um filho da p*** que está na plateia. Não pode. Não pode ser peitado. Eu estava fazendo uma ficção.”

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Em outro momento, Botelho tenta se comparar a Zé Celso, que teve sua peça ‘Roda Viva’, um musical de Chico Buarque, interrompida por partidários da ditadura civil-militar em 1968. Na época, o elenco foi espancado, entre eles a atriz Marília Pêra. Confira a conversa na íntegra clicando aqui.

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