Cinderella
- Direção: Charles Möeller e Claudio Botelho
- Duração: 160 minutos
Resenha por Dirceu Alves Jr.
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Há males que vêm para bem. Os percalços enfrentados pela produção brasileira do musical de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein, como a desistência dos diretores Ernesto Piccolo e Ulysses Cruz em fase de ensaios, não comprometeram o resultado do espetáculo que estreou no Teatro Alfa, excursionou pelo país e volta, agora, no Theatro Net. Pelo contrário, a experiência e o inegável talento da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho são fundamentais para manter a aura de encantamento do conto de fadas sem escorregar na pieguice e ainda abrir espaço às mensagens políticas e sociais embutidas no texto. As coisas andam um tanto nebulosas no reino. O príncipe Topher (vivido por André Loddi, que substitui Bruno Narchi) atravessa uma crise existencial e questiona se tem vocação para o poder. Há os que se aproveitam disso para manipulá-lo, e um grande baile é organizado na corte para encontrar uma noiva para o rapaz. Lia Canineu (no lugar de Bianca Tadini) interpreta a gata borralheira, que, transformada em princesa por algumas horas, conquista o coração do rapaz e ainda abre seus olhos para as injustiças contra os pobres da vizinhança. No elenco ainda estão Ivanna Domenyco, Talitha Pereira, Igor Miranda, Luana Bichiqui, Letícia Mamede, Marino Rocha, Fernando Palazza e Willian Sancar, entre outros. Direção musical de Carlos Bauzys. Estreou em 11/3/2016.