Continua após publicidade

Em expansão, galeria Gomide muda de endereço e aposta em nova frente de negócios

Celebrando bons negócios e seu aniversário de dez anos, a galeria de arte paulistana passou a ocupar o térreo de um edifício na Avenida Paulista

Por Mattheus Goto
21 abr 2023, 06h00

Em um endereço disputado na cidade, a esquina da Avenida Paulista com a Angélica tem uma nova inquilina. É a Gomide&Co, uma das principais galerias de arte do país.

+ Galerias inauguram novos espaços de arte na cidade

Em março, ela deixou a casa remanescente da Vila Modernista, projetada pelo arquiteto Flávio de Carvalho (1899-1973) na década de 30, na Alameda Ministro Rocha Azevedo, nos Jardins, para ocupar a intersecção de duas grandes avenidas de São Paulo. A mudança veio a tempo da celebração de seu aniversário de uma década e chancela a fase de expansão vivida pela galeria.

A nova sede ocupa um espaço de 600 metros quadrados — a antiga tinha 130 metros quadrados — no térreo do Edifício Rosa, uma construção dos anos 70. O local foi reformado pelo escritório Acayaba + Rosenberg Arquitetos e recebeu um projeto de retrofit na fachada envidraçada, com o propósito de adotar um material que inibe a incidência de raios solares e protege as obras de arte, sem perder a integração com o lado externo.

Ampliação: com mais espaço, a galeria quer explorar melhor sua relação com públicos diversos e deixar de ser só um “lugar comercial” para virar um “organismo de arte na cidade”, diz Fabio Frayha
Ampliação: com mais espaço, a Gomide&Co quer explorar melhor sua relação com públicos diversos e deixar de ser só um “lugar comercial” para virar um “organismo de arte na cidade”, diz Fabio Frayha (Leonardo Finotti/Divulgação)

O pontapé inicial foi dado com Não Vejo a Hora, mostra individual da paulistana Lenora de Barros (segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábado, das 11h às 17h).

“A conquista de um espaço com essa escala, nesse endereço e com um time de artistas incrível vem coroar os dez anos da galeria”, afirma o fundador e sócio Thiago Gomide. “Ela está no melhor momento de toda a sua história, a todo o vapor.”

Continua após a publicidade

+ Artistas indígenas ganham destaque nos museus paulistas: “Nossa arte é viva”

A mudança de sede é acompanhada também de uma nova configuração na diretoria: Fabio Frayha, ex-diretor do Masp e administrador especializado em artes visuais, assume como sócio ao lado de Thiago — posição antes ocupada por Antonia Bergamin, que deixou o cargo em agosto de 2021 para fundar a Galatea — e Luisa Duarte, crítica de arte, curadora e pesquisadora, passa a atuar como diretora artística.

Juntos, os três coordenam a aposta em um novo segmento. Consolidada no mercado secundário de obras de artistas não vivos, a Gomide&Co está investindo agora na representação comercial. A expectativa da direção é que a nova frente de negócios incremente o faturamento em 50% — atualmente já corresponde a 30%. A mineira Teresinha Soares acaba de fechar um contrato com a galeria e se torna a nona artista representada pela marca. Ela é a próxima a estrelar uma exposição na nova sede, prevista para maio.

Nova liderança da Gomide&Co: a mudança de sede vem acompanhada de novidades na direção. Junto de Thiago Gomide (no meio), Fabio Frayha (à dir.) assume como sócio e Luisa Duarte (à esq.), como diretora artística
Nova liderança da Gomide&Co: a mudança de sede vem acompanhada de novidades na direção. Junto de Thiago Gomide (no meio), Fabio Frayha (à dir.) assume como sócio e Luisa Duarte (à esq.), como diretora artística (Ding Musa/Divulgação/Bob Wolfenson/Divulgação)

A Gomide&Co surfa em uma maré alta. Na última SP-Arte, que ocorreu de 29 de março a 2 de abril no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera e que vai ser a nova ocupante da casa na Vila Modernista, relata ter vendido mais de sessenta obras e arrecadado um faturamento bruto na casa dos 12 milhões de reais. Atualmente, a empresa emprega dezoito colaboradores.

Para Frayha, um dos diferenciais da galeria é seu pioneirismo na internacionalização dos negócios. “Ela se movimentou desde muito cedo para levar a arte brasileira para fora”, afirma o novo sócio.

Continua após a publicidade

+ Cinema indígena brasileiro é foco de nova mostra no IMS Paulista

“Como todo negócio que cresce, ocorre um processo natural de operacionalização. A minha vinda e a mudança para um espaço maior são os primeiros movimentos sólidos dessa ambição de crescimento”, acrescenta. O administrador define que as metas para os próximos anos são “manter a posição jovem, dinâmica e inovadora que ocupa, investir no mercado primário e pensar em projetos fora da caixa”.

Thiago corrobora com a análise do parceiro, mas reconhece que há ainda muito a desenvolver, para além do investimento na representação comercial. “Gostaria de construir mais relações institucionais com museus e o terceiro setor. Tem galerias que fazem isso muito bem, com curadores e bienais. Pretendemos avançar nesse campo”, comenta. O fundador é categórico ao definir qual é a ambição da Gomide&Co para a próxima década: “A gente vai ser a maior galeria do Brasil”.

Publicado em VEJA São Paulo de 26 de abril de 2023, edição nº 2837

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.