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O motor rateou

Artur Nestrovski, o diretor da Osesp, desafina ao reagir à crise na orquestra provocada por reportagem de VEJA SÃO PAULO

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 16h31 - Publicado em 7 dez 2012, 19h36

Não se pode atribuir a uma só pessoa o sucesso de uma orquestra. Cada músico, do flautista ao maestro, tema sua importância na realização de um concerto. Ou seja, para que tudo saia perfeito, todos precisam ser protagonistas. Há duas semanas, VEJA SÃO PAULO publicou reportagem de capa (“O motor da Osesp”) sobre o bom momentoda Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Centrado na figura de seu diretor artístico, Arthur Nestrovski, um dos responsáveis por esse sucesso, o texto descrevia, entreoutras coisas, seus desafios para manter nos trilhos uma locomotiva composta de 158 músicos. “É preciso lidar inclusive com as questões pessoais e a administração de egos dos nossos artistas”, afirmou ele. “Em uma formação erudita, a maior parte dos talentos individuais está a serviço do todo. Só os solistas sobressaem. Com isso, aquele sujeito que é um craque no instrumento e passou décadas se aperfeiçoando fica sempre em segundo plano. Só vai ser notado pelo públicose cometer uma falha.”

Frases como essas foram suficientes para tirar parte da sinfônica do tom. Para alguns dos integrantes, o diretor tratou os músicos como crianças mimadas e expôs ao público a intimidade da orquestra. Nestrovski saiu da partitura ao tentar administrar a crise. Mandou uma carta aos músicos na qual se dizia surpreso com a reportagem, que rotulou de “malfadada” e “infeliz”. Acusou ainda a revistade publicar “termos e falas que não disse”. Os músicos ,que o conhecem bem, ironizaram e rebateram a tal carta dizendo que a reação dele de culpar a revista era previsível (veja a íntegra do texto aqui).

No dia 30, o jornal O Estado de S. Paulo tratou do assunto e reproduziuas acusações levianas de Nestrovski sem ouvir VEJA SÃO PAULO (“Músicos da Osesp questionam diretor artístico”). Arthur Nestrovski faltou com a verdade. No dia em que a revista circulou, 17 de novembro, ele postou a abertura da matériaem sua página do Facebook. No mesmo sábado, enviou a seguinte mensagem aos autoresda “malfadada” e “infeliz” reportagem: “Ficou ótima a matéria! Muito raro alguém cobrir tanta coisa, com idoneidade. Só posso agradecer a vcs dois”.

Em suma, pressionado pelos “caros colegas”, conforme tratou os instrumentistas, Nestrovski voltou atrás em suas opiniões e se desmentiu, como está demonstrado nos textos reproduzidos abaixo. Fez assim o que um profissional da música e pessoa de palavra não pode fazer: desafinou.

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