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O primeiro almoço na cantina de Jamie Oliver

Visitamos o Jamie's Italian em sua primeira semana de funcionamento; da porção de oito azeitonas por 25 reais ao zum-zum-zum dos garçons, saiba como foi a experiência

Por Helena Galante
Atualizado em 20 jan 2022, 09h20 - Publicado em 27 mar 2015, 20h35

A expectativa em torno da inauguração do primeiro Jamie’s Italian em São Paulo era proporcional a fama do seu proprietário, o inglês Jamie Oliver. Depois de ir até Londres entrevistar o chef celebridade com exclusividade, a reportagem de Veja São Paulo visitou a cantina na quarta (25), seu primeiro dia oficialmente aberto ao público. Não é só o pioneiro restaurante do chef no Brasil, mas na América Latina.

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Segundo o sócio e chef executivo Lisandro Lauretti, mesmo durante as duas semanas de treinamento fechado para convidados alguns clientes se enfileiravam na porta da casa para tentar, em vão, provar as massas, carnes e peixes do cardápio. Após a festa de inauguração na terça (24), a clientela fã de novidades enfrenta agora até 40 minutos de espera por uma mesa.

Para evitar a fila, aproveite o horário de funcionamento sem interrupção do restaurante – e chegue no meio da tarde para um almoço tardio, se a fome permitir, claro, ou um jantar bem cedinho.

Às 15h40, o salão com mesas de tampo de madeira propositalmente desgastados e cadeiras metálicas azuis estava vazio, apenas três ou quatro delas ocupadas por clientes. Mesmo assim, a simpática hostess foi até o computador para checar qual delas estava disponível para me colocar.

Os garçons, vestidos de jeans, camisa e avental preto com uma lambreta desenhada, se apresentam pelo nome e logo perguntam se podem descrever os pratos especiais do dia. Sobre a mesa, nada de toalhas. Apenas o guardanapo de pano com o nome do restaurante estampado, trazido de Londres.

Um orgulho nada disfarçado surge na explicação de um dos petiscos. Apelidadas de “as melhores azeitonas do mundo”, as tais olivas são “trazidas semanalmente da Itália”, me conta o garçom. Alguns minutos depois, ele volta à mesa para se corrigir: “Me desculpe, as azeitonas são trazidas quinzenalmente, não semanalmente”.

Jamie ()

Se a frequência da importação pode não ser a informação mais relevante para todos os clientes, o mesmo não se pode dizer do preço do aperitivo: 25 reais (isso mesmo) a porção com oito unidades. Grandes e carnudas, servidas sobre gelo, elas acompanham torradas e tapenade clássica de azeitona preta, uma delícia.

As massas, ponto forte do cardápio internacional, são produzidas diariamente no centro do próprio salão, não na cozinha. À moda italiana, é possível pedi-las em dois tamanhos, um menor e outro completo. As meias-porções, fartas, têm preços convidativos.

Um dos pratos mais pedidos durante os testes, o penne à carbonara não segue a linha clássica no molho – mas estava al dente, ainda bem. Ao molho de gemas, são adicionados creme de leite, alho-poró e pancetta bem crocante mais raspas de limão-siciliano. Sim, você leu direito: creme de leite. A versão menor custa 31 reais e a inteira, 45 reais.

Jamie ()

Por 28 reais e 39 reais, respectivamente, prove o tagliatelle à bolonhesa feito de porco free range (ou criado solto), como as demais carnes do cardápio. Para finalizar, uma farofinha de pão amanhecido temperada com ervas.

Entre um prato e outro, os garçons fazem um zum-zum-zum pelo salão, conferindo uns com os outros se todos os pedidos estão corretos. À ansiedade natural da abertura, soma-se uma vontade de agradar. Explica-se: aqui, por exemplo, a brigada reabastece os copos de água na mesa, numa atitude gentil que destoa do padrão de funcionamento bem informal das outras casas fora do Brasil.

Para a sobremesa, a indicação do garçom é um tiramisu (24 reais) que mais parece um naked cake bem alto. Vai bem com o expresso Santo Grão bem tirado (5,40 reais).

Jamie ()

Na hora da conta, além da indicação da taxa de serviço de 12% opcional, chama atenção um cartão escrito “Obrigado”, em português mesmo. Na mesa ao lado, um casal se derrete para o garçom: “Gostamos muito, vamos voltar muitas, muitas vezes, e trazer os amigos!”. Depois, baixinho, comentam: “pena que o Jamie Oliver não fica aqui”. Fã é fã, e faz de tudo para ficar um pouco mais pertinho do seu ídolo.

 

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