Continua após publicidade

Food trucks movimentam as ruas de São Paulo

Às vésperas da regulamentação da lei para a venda de alimentos em vias públicas, pelo menos sete veículos circulam pelas ruas da metrópole. Outros dez já estão a caminho

Por Sophia Braun
Atualizado em 20 jan 2022, 09h23 - Publicado em 4 abr 2014, 17h47
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em novembro do ano passado, a aprovação na Câmara Municipal de uma iniciativa que autoriza a venda de comida nas vias públicas deixou muitos chefs e empreendedores animados. Até então, somente eram liberadas as atividades das vans de cachorro-quente. O restante do mercado, de vendedores de churrasquinho grego a barraquinhas de yakissoba, agia na clandestinidade, sob os olhos complacentes da fiscalização. “Com a criação de uma regra clara, o consumidor terá mais segurança na hora de comprar, e o vendedor poderá atuar com tranquilidade”, afirma o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), um dos autores do projeto de lei.

     

    Mesmo faltando ainda os detalhes de como o negócio vai funcionar na prática (a previsão da prefeitura é anunciar a regulamentação até sexta 11/04/2014), a perspectiva da nova norma para o setor foi suficiente para muitos colocarem sua cozinha na rua. Nessa caravana culinária destacam-se os food trucks, como são chamadas as caminhonetes gastronômicas inspiradas nos veículos do tipo que fazem sucesso em metrópoles como Nova York. Existem hoje pelo menos sete delas em São Paulo e outras dez devem iniciar operação nos próximos meses.  

     

    Continua após a publicidade

    Espécie de precursor do sistema por aqui, Rolando Massinha sacia a fome de muitos notívagos em sua Kombi, estacionada desde 2008 na Avenida Sumaré, com receitas como fettuccine à bolonhesa (12,50 reais), feitas para ser saboreadas ali mesmo com talheres de plástico. Entre fevereiro e março, ele colocou mais três carros na praça, dedicados a churros, kebab e cachorro-quente. No mês passado, a matriz ganhou um concorrente direto, o Holy Pasta Food Truck, que também tem massas como especialidade. Para vencer a batalha pelos estômagos em trânsito, seus proprietários apostam em um fornecedor renomado. Eles compram nhoque (15 reais) e até ravióli de cordeiro (22 reais) do Pastifício Primo, que tem unidades em Perdizes, Higienópolis e Pinheiros. “Queremos trilhar um caminho diferente, com uma pegada underground”, justifica Adolpho Schaefer, um dos donos.

     

    No vácuo da onda natureba, está prometido para o feriado de Páscoa o Salve, Salve, veículo especializado em sucos naturais e vitaminas funcionais. Neste mês, deve começar a operar por aqui também o 13Truck, com sanduíches como o de pernil e salada coleslaw a partir de 13 reais. Até o fim do ano, o circuito será incrementado ainda com culinária árabe e até francesa (veja no quadro abaixo).   

    Continua após a publicidade

    Um dos desafios de quem está entrando no negócio é montar um time de fornecedores de boa qualidade. Para colocar na rua o Buzina Food Truck, em dezembro, os chefs Márcio Silva e Jorge Gonzalez levaram quase um ano fazendo pesquisas e testes. “Ainda não existe um know-how para o serviço”, comenta Silva. O investimento de 250 000 reais, porém, mostrou-se um acerto: a dupla serve, em média, 120 refeições durante o almoço, a preços que variam de 15 a 25 reais, entre hambúrgueres e pratos de restaurante, como confit de pato. Embalado por música, o descolado food truck costuma estacionar em pontos das zonas Oeste e Sul. Em cada espaço, os proprietários espalham mesinhas e cadeiras, e a festa começa. “Lançaremos mais duas unidades até o segundo semestre”, promete Silva.  

    Food truck - Holy Pasta
    Food truck – Holy Pasta ()

    A expansão da onda tem preocupado alguns donos de estabelecimentos. “Estacionar um veículo de temakis na frente de um restaurante japonês seria desleal”, opina Joaquim Saraiva de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo. Outros empresários do setor, em vez de fazer oposição, resolveram criar filiais ambulantes. Depois de três meses instalado na cobertura do Shopping Cidade Jardim, o Astor Food Truck, versão míni do bar da Vila Madalena, deve estacionar no Butantã, onde até o fim do mês será inaugurado o Food Park, uma área de 1 400 metros quadrados que funcionará como uma praça de alimentação. “Os trucks poderão trabalhar diariamente com segurança e infraestrutura”, explica Mauricio Schuartz, um dos idealizadores do espaço.  

    Continua após a publicidade

    CARDÁPIO AMBULANTE

    Buzina Food Truck

    ■ Fichips Food

    Continua após a publicidade

    ■ Holy Pasta Food Truck

    ■ Temaki Navan

    ■ 13Truck

    Continua após a publicidade

    ■ Baruk

    ■ La Casserole

    ■ Salve, Salve

    Publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Domine o fato. Confie na fonte.
    10 grandes marcas em uma única assinatura digital
    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de São Paulo

    a partir de R$ 39,90/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.