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Conheça as delícias que tornaram a Casa Godinho patrimônio cultural

No centro há mais de um século, empório de secos e molhados finos é famoso por seu bacalhau e por suas empadas, eleitas o melhor salgado pelo especial "Comer e Beber"

Por Sophia Braun
Atualizado em 20 jan 2022, 09h28 - Publicado em 31 jan 2013, 15h21
Casa Godinho
Casa Godinho (Sophia Braun/)
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Edifícios, obras de arte, ruas e até cascatas são alvos comuns de tombamento. No fim de 2012, porém, o empório Casa Godinho ganhou o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade de São Paulo.  

A loja no centro é famosa pelo bacalhau de ótima qualidade e, mais recentemente, pelas cremosas empadas. Aberta em 1888 na Praça da Sé, a tradicional mercearia migrou na década de 1920 para a Rua Libero Badaró, onde permanece até hoje.  

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O mobiliário da época e o atendimento à moda antiga, direto no balcão, foram alguns dos fatores que motivaram o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) a registrar o estabelecimento. “A Casa Godinho faz parte da memória afetiva dos paulistanos”, diz Miguel Romano, atual proprietário.

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De acordo com o documento publicado no Diário Oficial em 24 de janeiro de 2013, o empório “é um dos raros remanescentes de um tipo de estabelecimento comercial que predominou em São Paulo entre o final do século XIX e meados do século XX, especializado na venda de ‘secos e molhados’”.

Tal qual no início da República, os produtos ainda são embrulhados em papel. Reforçam o clima de mercearia de antigamente os temperos vendidos a granel, entre eles, páprica, pimenta-branca e alecrim desidratado.

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Aproveitamos o tombamento para explorar as delícias da Casa Godinho:

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AZEITE: grande variedade do óleo de oliva, que pode ser de origem grega, italiana, portuguesa e até chilena. O mais caro entre eles é o espanhol da marca Marques de Tomares, vendido em garrafas de 1,5 litro por R$ 94,50.  

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Casa Godinho
Casa Godinho ()

BACALHAU: é o produto que consagrou o empório. O Gadus morrhua inteiro já limpo sai por R$ 69,90 o quilo. Também há uma versão em pedaços, chamados de toletes (R$ 59,90 o quilo). 

CACHAÇA: mais de 200 rótulos do destilado, em sua maioria mineiros, espalham-se pelas prateleiras que vão do chão até o teto. A garrafa da premiada Weber Haus, produzida no Rio Grande do Sul, custa R$ 39,95.    

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Casa Godinho
Casa Godinho ()

EMPADAS: eleito o melhor salgado da cidade pelo especial “Comer & Beber” de 2012, aparece em oito versões supercremosas. Encantam em especial as de frango desfiado, palmito em cubos e bacalhau (R$ 5,00 cada uma).   

ITENS ALEMÃES: há eisbein (joelho de porco; R$ 24,50 o quilo), kassler (costeleta suína; R$ 28,50), chucrute (R$ 5,80 o pacote) e salsichas como a viena (R$ 21,80 o quilo) e a branca (R$ 31,80). 

VINHOS: garrafas chilenas, argentinas, uruguaias, italianas, francesas, portuguesas, espanholas e até húngaras compõem a adega nos fundos da loja. Ao todo, são mais de 1 000 rótulos do fermentado de uva. 

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