Barman de 22 anos é estrela de casas badaladas
Kennedy Nascimento brilha no balcões de estabelecimentos como Riviera e PanAm
Ele chega aos compromissos todo garboso, dentro de um paletó bordô, no melhor estilo homem maduro. Mas o rosto de moleque, meio salpicado de espinhas, entrega seus 22 anos. Estamos falando de Kennedy Nascimento, um craque dos drinques e o melhor barman da América Latina pelo concurso World Class, o Oscar da coquetelaria — no fim do mês, ele disputa a final do mundial na África do Sul.
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Enquanto isso, preocupa-se com as tarefas do novo emprego, que lhe garante um salário mensal de 7 000 reais. Acaba de ser contratado pelo empresário Facundo Guerra para gerenciar balcões, criar cartas e treinar equipes das casas do Grupo Vegas, entre elas as baladas Lions e PanAm.
A primeira missão? Reformular a lista de bebidas do Riviera Bar, estabelecimento que tem o chef Alex Atala na sociedade. Misturas como famous avenue, à base de rum e bourbon, já podem ser provadas.
O flerte de Kennedy com o mundo etílico começou cedo. Desde menino, ele ajudava o pai e o padrinho no boteco que tocavam em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo. “Minha diversão nas férias era ficar no bar”, revela. Já estudava coquetelaria por conta própria na época em que se matriculou na Associação Brasileira de Bartenders, no centro.
Em 2012, aos 19, conseguiu uma vaga de ajudante no MyNY Bar, referência em drinques que funcionou no Itaim Bibi até dois anos atrás. Ali conheceu o tarimbado barman Spencer Jr., vencedor da última edição especial VEJA COMER & BEBER. “Foi o meu maior professor”, diz.
Com o fechamento do lugar, Kennedy deu expediente no estrelado restaurante Epice e, logo depois, no extinto Beato. Os clientes assíduos adoravam postar fotos do rapaz nas redes sociais, e ele se tornou famoso entre os foodies.
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A pouca idade não parece um problema na vida do profissional. “Ele é um grande líder, tecnicamente irrepreensível”, elogia Facundo. Kennedy concilia a vida de gente grande, cheia de reuniões e treinamentos, com a universitária. Cursa publicidade na Metodista, em São Bernardo do Campo, onde mora com a namorada. Mas não pensa em seguir essa carreira. Quer mesmo é montar o próprio bar. Quando sobra tempo, tira “meia hora” para andar de kart. “Se eu não fosse bartender, seria piloto”, brinca.