O árabe Balila acerta em pães típicos, salgados e pratos rápidos
Em Pinheiros, novo libanês tem cardápio misto de lanchonete e restaurante que combina com o ambiente de pegada pop
Trio de coalhada seca, homus e babaganuche há em qualquer endereço árabe. Mas servido com uma porção de pães assados na hora para acompanhar, não. O mesmo se pode dizer do quibe de carne. Assado ou frito, aparece em toda esquina — difícil é encontrar versões vegetarianas saborosas, que fujam do trivial.
Para quem busca uma culinária árabe com esse toque diferente, o endereço é o novo Balila, inaugurado há quatro meses em Pinheiros. O chef consultor Marc Abed, nascido no Líbano, criou um cardápio misto de lanchonete e restaurante que combina muito bem com o ambiente de pegada pop, colorido e informal.
Um dos pontos altos do lugar, a cesta de pães (R$ 4,00) compõe-se de torradas, pita tradicional e o delicioso folha integral. Cai perfeitamente com a porção de pastas (R$ 16,90). Na sequência, experimente o quibe de arroz recheado de repolho (R$ 4,00) e o de abóbora com espinafre mais grão-de-bico (R$ 4,80).
Esqueça as esfihas abertas, um tanto massudas. As fechadas de carne ou queijos de minas fresco e meia cura (R$ 3,50 cada uma) mostram-se muito melhores. Moldada no formato de quatro hambúrgueres pequenos, a cafta rosadinha no interior e tostada por fora pode vir ao lado da batata harra, nome dado ao vegetal cortado em cubos e temperado com alho, salsinha e páprica doce (R$ 27,20).
Numa linha mais sofisticada, o carré de cordeiro grelhado no ponto pedido custa R$ 39,00 (o preço mais alto do menu). A tradição ganha da invencionice na hora da sobremesa. Clássica, a panqueca ataif recheada de nozes (R$ 7,90) supera de longe a enjoativa versão de catupiry na calda de goiabada (R$ 8,90).
Em tempo: o nome Balila não tem ligação com a famosa cantina que funcionou no Brás de 1935 a 1998.
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