Testamos: Parece cereal, mas é barrinha de tapioca
Eu conheci a tapioca, cinco mil anos atrás, de férias lá na Bahia. E, ó, vinha co-ber-ta com leite condensado e, por cima, coco ralado, uma indulgência – digamos. Nos últimos tempos, a tapioca ganhou versões saudáveis (nem sempre tão ligths – afinal, é goma de mandioca) – e, agora, virou barrinha. É igual aquelas […]
Eu conheci a tapioca, cinco mil anos atrás, de férias lá na Bahia. E, ó, vinha co-ber-ta com leite condensado e, por cima, coco ralado, uma indulgência – digamos. Nos últimos tempos, a tapioca ganhou versões saudáveis (nem sempre tão ligths – afinal, é goma de mandioca) – e, agora, virou barrinha. É igual aquelas barrinhas de cerais, sabe? Só que de tapioca com castanhas e chocolate, morango e chocolate e com banana, apenas. E a mais calórica tem 68 calorias por 17 gramas. Provei o trio de sabores feito pela Casa Maní, uma empresa que mexe com mandioca há mais de quatro décadas. Nasceu, veja só, produzindo goma de mandioca pra indústria de papel, e se reinventou na pegada de saúde em 2015.
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Voltemos à barrinha de tapioca. Eu curti, mas, sejamos sinceros, tem um gosto similar aos das barrinhas, não fosse uma peculiar diferença: lembra, lá no fundo, aquela parte branquinha do torrone, sabe? Sim, torrones mega, super, calóricos. #Amo. (Só que só como nas férias). Isso deu um toque bacana. E por 68 calorias? Tá mais que valendo. Pode ser que eu esteja tendo um devaneio, porque esse povo que faz dieta tem imaginações, né não? (isso é piada, gente). De verdade, vale experimentar.
Eu bati um papo com o dono da empresa, Antônio Fadel, que vendeu, entusiasmadamente, o peixe dele. Ops, a tapioca. Ele teve a ideia de produzir a goma de tapioca e embalar a vácuo, e em porções individuais (vem quatro sachês na caixa). Assim, dura até um ano (antes de aberta) e é um passaporte carimbado pra entrar no mercado externo – já que a dos concorrentes tem metade do prazo de validade. Gente, calma: depois de aberta dura 15 na geladeira. Daí, a sacada de individualizar por saches.
Em um ano, a Casa Maní está embarcando tapioca pra oito países (Japão, Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e França e Espanha). Os planos dele agora é fazer uma cesta diversa de produtos a base de tapioca. Não quis me adiantar quais serão os produtos, mas vai ter até prato pronto (ou algo similar), que será vendido numa grande rede de supermercado americana.
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No Brasil, a estratégia por ora é colocar os produtos da Casa Maní em grandes redes como Pão de Açúcar e Carrefour. A porta de entrada, no começo, foi o pequeno varejo, com lojas de bairro. Também vende a goma de tapioca no Mundo Verde, e quando eu reclamei dizendo que nunca tinha visto por lá, ele me alertou, explicando que é marca própria da loja de produtos naturais, mas feita pela Casa Maní.
O negócio está indo bem, mesmo em um ano tão feioso economicamente falando. Fadel investiu 10 milhões na fábrica em Tarabai, que fica a 588 quilômetros de São Paulo. Tem capacidade de produzir 50 000 quilos de tapioca por dia e hoje faz 18 000 quilos por dia, com seus 49 funcionários e máquinas modernas. A previsão é faturar, este ano, 22 milhões, um grande feito perto dos 12 milhões do ano anterior. Prova de que vender comida saudável é bem mais lucrativo do que fazer insumo pra indústria de papel. “Nem se compara”, diz ele.
Se você quiser conhecer a página da Maní, clica lá www.casamani.com.br
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Um beijo, até mais.