“Não estou tomando o lugar de uma atriz”, diz ator que vive Aracy de Almeida
À Vejinha, Raphael Gama, que estará em cartaz com duas peças no próximo final de semana, contou que se considera “um estudioso do comportamento feminino”
O ator Raphael Gama retorna aos palcos na sexta que vem (21). Volta a interpretar Dulce, uma senhora rica com o marido à beira da morte na peça Uma Lágrima para Alfredo, dirigida por Eduardo Martini.
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No mesmo Teatro União Cultural, o paulistano vive, a partir do dia 23, a sambista carioca Aracy de Almeida (1914-1988). A direção de Araca — Um Tributo a Aracy de Almeida é de Elias Andreato.
Gama solta a voz, especialmente com canções de Noel Rosa, eternizadas pela intérprete, e retoma frases ditas por ela. Sua transformação na cantora não é das mais demoradas. Dura “só” trinta minutos. “Ela não era tão vaidosa, escondia-se atrás do cabelo e óculos larguíssimos”, explica.
O figurino é uma criação — e presente — do estilista Fause Haten. Aos 34 anos, Gama chega a seu oitavo papel de mulher da carreira. “Eu me considero um estudioso do comportamento feminino”, diz. “Não estou tomando o lugar de uma atriz, mas celebrando a vida. É o que o Brasil sentiu com Paulo Gustavo (1978-2021). Ele não estava tirando sarro das mães, mas fazendo uma homenagem”, defende.
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Publicado em VEJA São Paulo de 19 de janeiro de 2022, edição nº 2772