Diretor da novela “O Outro Lado do Paraíso” comenta críticas
Mauro Mendonça Filho falou no Twitter sobre a história de Lara, a "cura" da juíza Raquel e até sobre a personagem da atriz Juliana Caldas, Estela
Mauro Mendonça Filho, diretor de O Outro Lado do Paraíso, conversou com alguns dos seus mais de 130 000 seguidores no Twitter na noite desta quinta (8). No diálogo, ele reconheceu alguns problemas que estão sendo apontados no texto da novela, de Walcyr Carrasco, e disse também concordar com algumas críticas. As informações são do colunista Maurício Stycer.
Uma das maiores polêmicas de O Outro Lado do Paraíso é a história de Laura, interpretada por Bella Piero. Ela foi abusada sexualmente na infância pelo padrasto, o delegado Vinícius, interpretado pelo paulistano Flávio Tolezani — clique aqui para ler um bate-papo com o ator em VEJA São Paulo. Ela está superando o trauma com a ajuda de uma advogada, que também é “coach” e submeteu a jovem a sessões de hipnose. A abordagem foi criticada por diferentes associações de psicólogos.
O diretor concorda com as críticas das instituições: “Acho que faltou a Adriana chamar um psicólogo ao invés de ela fazer“, disse. Ele, no entanto, acredita que a falha não tira o valor da trama. “Mas isso não tira o valor do que é mais importante: a denúncia da pedofilia“.
A cura da juíza Raquel, papel de Erika Januza, também foi questionada pelos seguidores. Atropelada, ela sofreu danos irreparáveis na coluna e perdeu os movimentos das pernas — mas uma intervenção divina da vidente Mercedes, Fernanda Montenegro, levou a juíza a voltar as sentir os membros. Um seguidor disse que a cena foi “emocionante”, mas Mendonça Filho respondeu: “É… mas confesso que não concordo com a cena. Tenho uma filha cadeirante. Se tem alguém que sabe que não rola milagre sou eu“.
Mauro Mendonça Filho também recebeu críticas sobre a forma como Walcyr Carrasco está tratando a história de Estela, interpretada por Juliana Caldas: “Ela é formada, morou fora, mas virou uma pobre coitada que pedente de outra para falar por ela, ela não teria força e poderia superar sem ser vitimizada?“, questionou. “Tá todo mundo trabalhando para melhorar isso“, rebateu o diretor.
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