Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda Por Saulo Yassuda O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha desde 2014. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos
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O ponto final do Home Bar e a crise do Baixo Augusta

O bar de pegada roqueira encerrou as atividades numa região da cidade que já teve dias melhores -- mesmo antes da pandemia

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 14h22 - Publicado em 30 abr 2021, 12h45
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  • O Home SP, que ficava na Rua Matias Aires, na Consolação, era um dos poucos lugares com alguma qualidade que haviam restado naquela região apelidada de Baixo Augusta. Infelizmente, o lugar fechou no último dia 23 e o ponto será entregue nesta sexta (30).

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    De jeitão roqueiro na arquitetura e na música, era um espaço para encontrar os amigos e tomar um pint de chope Brooklyn ou um drinque. Surgiu em 2016, numa época em que aquela área já não vivia mais o seu auge de aberturas de lugares criativos e instigantes.

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    Do meio dos 2000 à primeira metade dos 2010, a Rua Augusta (depois da Paulista, no sentido centro) e as vias ao redor eram tomadas de bares e clubes com diferentes graus de ousadia na proposta e público bem diverso. Por isso mereciam a visita e chamavam a atenção.

    Espaço de um bar visto de cima, com néons no teto
    O extinto Sonique: mudanças no perfil da região (Mario Rodrigues/Veja SP)

    Quem pegou essa época vai se lembrar de endereços divertidos, como o icônico Vegas (2005-2012), a balada Funhouse, os bares Geni, Exquisito!, Clube Flamingo, Tapas, Volt, Astronete, Barão de Itararé, Sonique… Teve também o ótimo restaurante Jiquitaia, aberto em 2012 e que se mudou para o Paraíso no ano passado.

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    Muitas das casas, que se misturavam aos inferninhos — hoje, quase extintos –, foram fechando e outras, mais genéricas, ganharam espaço, principalmente de seis, sete anos para cá.

    Tirando alguns gatos-pingados, o Baixo Augusta se tornou um mar de bares e boates sem personalidade, para um público mais jovem suprir suas necessidades etílicas. E está tudo bem. Numa metrópole, existe espaço para todo mundo, e a cidade é um ser vivo, que muda e desmuda.

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    É só uma pena que, durante a pandemia, não raro a região se tornava cenário para aglomerações (clique para ver essa aqui, que registrei no cruzamento das ruas Frei Caneca e Peixoto Gomide).

    O Home SP entra para a contabilidade sem fim de bares do mundo todo que não resistiram à pandemia. “Por meses, seguramos um aluguel muito caro, e o delivery não funcionou para a gente como o esperado”, me explicou a sócia Luciana Sette.

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    O vizinho Hotel Bar, que pertencia aos mesmos donos, já havia encerrado as atividades em 2020. Luciana planeja montar uma nova casa — mas em outro bairro. Provavelmente, Santa Cecília.

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