É difícil um botequeiro carioca não conhecer o Bracarense, quase uma instituição no bairro do Leblon. O bar existe desde 1961.

No salão do boteco, o balcão com cara de antiguinho acolhe boêmios que conversam com os funcionários, sem esforço para falar baixinho.

A maioria dos frequentadores fica na calçada, em mesas protegidas da chuva e dos frutos que vez ou outra caem das árvores.

Nos próximos meses, uma obra deve começar ali, para construir uma divisória entre as mesas e o restante da calçada. “A cidade está muito perigosa, e também havia muitos pedintes”, explicou a sócia Carla Tomé.

Uma pena. Afinal, é uma delícia se sentar e ver de perto o movimento daquele pedaço do Leblon, enquanto se toma um chope bem gelado (7,80 reais, 350 mililitros). Além do Brahma, a casa incluiu há dois meses o Colorado Appia, que sai por 10,70 reais.

(Paulistanos, atenção: não espere colarinho alto e cremoso, como os de São Paulo. Chope assim, só na filial do Astor, em Ipanema.)

O petisco mais famoso da casa é o bolinho de massa de mandioca (ali chamada de aipim) recheado de camarão e catupiry. Custa 5,50 reais e é uma gostosura, macio e saboroso.

Outra boa pedida do Bracarense é o bolinho de bacalhau (5,50 reais), crocante, com bom equilíbrio entre a batata e o peixe. Vale a visita.

Bracarense. Rua José Linhares, 85, Leblon, Rio de Janeiro. Tel. (21) 2294-3549.

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