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Prêmio Shell de Teatro anuncia os indicados da 33ª edição

Entre os destaques está "Ficções", monólogo com Vera Holtz, e "Sem Palavras", espetáculo da Companhia Brasileira de Teatro, ambos com cinco indicações

Por Júlia Rodrigues
Atualizado em 2 fev 2023, 14h54 - Publicado em 2 fev 2023, 14h34
Vera Holtz no palco
Vera Holtz em 'Ficções': em cartaz na capital  (Ale Catan/Divulgação)
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Prêmio Shell de Teatro acaba de divulgar os indicados da sua 33ª edição. A premiação contempla espetáculos que fizeram temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo fora do período da pandemia, ou seja, entre 1° de janeiro e 31 de março de 2020 e 1° de abril a 31 de dezembro de 2022. A cerimônia de entrega acontece em 21 de março, no Rio.

Neste ano, o Shell conta com um regulamento especial devido à crise sanitária e houve modificações no júris carioca e paulistano. Os novos nomes são Leandro Santanna (produtor cultural, gestor público e ator) e Paulo Mattos (curador e produtor cultural) no Rio de Janeiro e Luh Maza (dramaturga, diretora, roteirista e atriz) em São Paulo.

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Outra novidade é que a categoria Inovação passa a se chamar Energia que Vem Da Gente, premiando iniciativas culturais de impacto social positivo. Da capital paulista, alguns dos indicados são a Cia Munguzá de Teatro, pelas ações de acolhimento da população da Cracolândia, no Centro, e o coletivo Os Satyros, de Ivam Cabral, pelo projeto A arte de enfrentar o medo, que reuniu artistas de vários países simultaneamente em uma espetáculo virtual durante a pandemia.

Os destaques deste ano foram as peças Ficções, monólogo de Rodrigo Portella com Vera Holtz, que entrou em cartaz no mês passado na capital, após temporada no Rio, e Sem Palavras, da Companhia Brasileira de Teatro, que mistura dança, música e performance, que teve estreia em janeiro do ano passado. Ambas acumulam, cada uma, cinco indicações, entre melhor direção, dramaturgia e atriz.

As homenageadas da 33ª edição são Léa Garcia, que completa 90 anos em 2023, expoente do TEN – Teatro Experimental do Negro, com diversos trabalhos no teatro e na televisão, e Teuda Bara, fundadora de uma das maiores companhias do país, o mineiro Grupo Galpão.

Confira abaixo a lista completa de indicados:

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Seleção do júri de São Paulo

DRAMATURGIA

  • Dione Carlos por Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos
  • Soraia Costa por Sete Cortes até Você
  • Ronaldo Serruya por A Doença do Outro
  • Viviane Dias por Tarsila ou A Vacina Antropofágica
  • Lucas Moura por Desfazenda – Me Enterrem Fora Desse Lugar
  • Paola Prestes por Bata Antes de Entrar

DIREÇÃO

  • Miguel Rocha por Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos
  • Lázaro Ramos e Tatiana Tibúrcio por O Método Grönholm
  • Ruy Cortez e Marina Nogaeva Tenório por A Semente da Romã e As Três Irmãs
  • José Fernando Peixoto de Azevedo por Um Inimigo do Povo
  • Janaina Leite por A História do Olho – Um Conto de Fadas Pornô-noir
  • Rogério Tarifa por O Que Nos Mantém Vivos?

ATOR

  • Clayton Nascimento por Macacos
  • Paulo Marcello por O Fazedor de Teatro
  • Rodrigo Pandolfo por F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)
  • Luis Lobianco por O Método Grönholm
  • Odilon Wagner por A Última Sessão de Freud
  • Zécarlos Machado por Papa Highirte
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ATRIZ

  • Verónica Valenttino por Brenda Lee e o Palácio das Princesas
  • Assucena por Mata Teu Pai – Ópera Balada
  • Ana Lucia Torre por Longa Jornada Noite Adentro
  • Sara Antunes por Anjo de Pedra
  • Clara Carvalho por Um Inimigo do Povo
  • Laila Garin por A Hora da Estrela ou O Canto da Macabéa

CENÁRIO

  • Fabio Namatame por A Última Sessão de Freud
  • Daniela Thomas e Felipe Tassara por Molly Bloom
  • Bira Nogueira por Meu Reino por um Cavalo
  • Luiz André Charubine e Mandy por Pérsia
  • Zé Henrique de Paula por Sweeney Todd
  • Chris Aizner por Outono, Inverno ou O Que Sonhamos Ontem

FIGURINO

  • Claudia Schapira por Na Solidão dos Campos de Algodão
  • Marichilene Artisevskis por Mary Stuart
  • Karen Brusttolin por Gaslight, uma Relação Tóxica
  • Anne Cerutti por Consentimento
  • João Pimenta por F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)
  • Silvana Marcondes por Nzinga
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ILUMINAÇÃO

  • Wagner Pinto por F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)
  • Cesar Pivetti por Brilho Eterno
  • Aline Santini por Na Solidão dos Campos de Algodão
  • Cibele Forjaz por Altamira 2042
  • Wagner Antonio por Com os Bolsos Cheios de Pão
  • Wagner Freire por Mary Stuart

MÚSICA

  • Marco França pela direção musical de Tatuagem
  • Tom Zé e Maria Beraldo pela música de Língua Brasileira
  • Alisson Amador, Amanda Abá, Denise Oliveira e Jennifer Cardoso pela execução musical em Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos
  • Dani Nega, Eugênio Lima e Roberta Estrela D’Alva pela direção musical de Hip Hop Blues
  • Felipe Botelho, Amanda Ferraresi, NBKE e Wallie Ruy pela execução musical em Wonder – Vem pra Barra Pesada
  • Dan Maia pela música de Tebas

ENERGIA QUE VEM DA GENTE

  • Éssa Companhia de Teatro, pelo trabalho com a comunidade de São Miguel Paulista, no extremo da Zona Leste, que resultou no espetáculo Ensaio para dois perdidos.
  • Coletivo 302, pela valorização da ancestralidade em Cubatão, na baixada santista, refletindo sobre a herança socioambiental da época em que era a cidade mais poluída do mundo, expressa de maneira contundente no espetáculo Vila Parisi.
  • Rede de Leituras, pela importante reunião de profissionais do teatro para fomentar e difundir a dramaturgia contemporânea em tempos pandêmicos.
  • Cia Munguzá de Teatro, por suas ações artísticas e sociais acolhendo a população da Cracolândia e seu entorno durante a pandemia de Covid-19.
  • CATS (Coletivo de Artistas Transmasculines), pela pesquisa histórica e ações de visibilidade e inclusão dos artistas transmasculines no Brasil.
  • Os Satyros, pelo projeto A arte de enfrentar o medo, reunindo simultaneamente artistas de vários países dos cinco continentes e fomentando a experimentação de formatos digitais durante a pandemia.
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Seleção do júri do Rio de Janeiro

DRAMATURGIA

  • Henrique Fontes e Vinicius Arneiro por Peça de Amar
  • Gilson Barros por Riobaldo
  • Cecilia Ripoll por Pança
  • Elisandro de Aquino por Eu Amarelo
  • Rodrigo Portella por Ficções
  • Marcio Abreu e Nadja Naira por Sem Palavras

DIREÇÃO

  • Renata Tavares por Nem Todo Filho Vinga
  • Enrique Diaz e Marcio Abreu por O Espectador
  • Rodrigo Portella por Ficções
  • Paulo de Moraes por Neva
  • Marcio Abreu por Sem Palavras
  • André Paes Leme por A Hora da Estrela ou O Canto da Macabéa
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ATOR

  • Reinaldo Junior por O Grande Dia
  • Milton Filho por Joãosinho e Laíla: Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia
  • Cridemar Aquino por Joãosinho e Laíla: Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia
  • Gilson Barros por Riobaldo
  • Fábio Osório Monteiro por Sem Palavras
  • Mario Borges por A Última Ata

ATRIZ

  • Ana Carbatti por Ninguém Sabe Meu Nome
  • Vera Holtz por Ficções
  • Vilma Melo por Mãe de Santo
  • Andrea Beltrão por O Espectador
  • Vitória Jovem Xtravaganza por Sem Palavras
  • Vini Ventania Xtravaganza por Sem Palavras

CENÁRIO

  • J.C. Serroni por Morte e Vida Severina
  • André Curti e Artur Luanda Ribeiro por Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes
  • João Marcelino por Candeia
  • Bia Junqueira por Ficções
  • Cachalote Mattos por Turmalina 18 – 50
  • Erick Saboia e Marcio Meireles por Do Outro Lado do Mar

FIGURINO

  • Wanderley Gomes por Vozes Negras: A Força do Canto Feminino
  • João Pimenta por Ficções
  • Ticiana Passos por Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes
  • Julia Vicente e Gabriel Vieira por Peça de Amar
  • Marie Salles por O Espectador

ILUMINAÇÃO

  • Cesar de Ramires por “Morte e Vida Severina”
  • Artur Luanda Ribeiro por “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes”
  • Gabriel Fontes Paiva e André Prado por “Um Precipício no Mar”
  • Alexandre Gomes por “A Jornada do Herói”
  • Maneco Quinderé por “Neva”
  • Fernanda Mantovani por “Caim”

MÚSICA

  • Jorge Maya pela direção musical de Luiza Mahin… Eu Ainda Continuo Aqui
  • Itamar Assiere pela direção musical de Morte e Vida Severina
  • Chico Cézar pela direção musical de A Hora da Estrela ou O Canto da Macabéa
  • Ananda K pela direção musical de Candeia
  • Claudia Eliseu e Wladimir Pinheiro pela direção musical de Vozes Negras: A Força do Canto Feminino
  • Azullllll pela direção musical de Cão Gelado

ENERGIA QUE VEM DA GENTE

  • Companhia Cria do Beco, baseada no Complexo da Maré, pelo espetáculo Nem Todo Filho Vinga, que traduz para a contemporaneidade de modo complexo e eletrizante o conto Pai contra Mãe, de Machado de Assis, possivelmente o maior libelo antirracista da história da literatura brasileira.
  • Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro (APTR), pela campanha de arrecadação realizada durante a pandemia, que ajudou inúmeros profissionais do teatro a sobreviverem materialmente, e também por ter sido fundamental na luta para a aprovação no Congresso Nacional das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc.
  • Cia de Mystérios e Novidades, por fomentar há 40 anos um teatro marcado pela diversidade e multiplicidade e, mais recentemente, por ter criado sua Escola Sem Paredes, um complexo de espetáculos, performances, cortejos, intervenções urbanas, exposições, aulas, seminários, oficinas e atividades socioculturais fundamentais para a ocupação do território da zona portuária do Rio de Janeiro e para o enriquecimento do calendário cultural da cidade.
  • Pandêmica Coletivo, por seu pioneirismo em criar uma plataforma online durante a pandemia, possibilitando a colaboração continuada entre artistas de diversas partes do Brasil, a experimentação de novos recursos na produção teatral online e difusão desses novos trabalhos.

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