Retrato de um dos personagens mais importantes da política brasileira no século XX, o volume Oswaldo Aranha — Uma Fotobiografia (Capivara Editora, 412 páginas, 70 reais) acaba de chegar às livrarias. Assinada por um de seus netos, Pedro Corrêa do Lago, a obra reúne mais de 500 depoimentos e documentos, a exemplo das correspondências trocadas pelo diplomata com o militante comunista Luís Carlos Prestes e o vice-presidente americano Nelson Rockefeller.

Traz ainda cerca de 600 imagens, na maioria inéditas e registradas por fotógrafos como Jean Manzon e German Lorca, que testemunham encontros com figuras do porte do diretor Orson Welles e do empresário Walt Disney. Nascido em 1894, Aranha era oriundo de uma tradicional família paulista, proprietária de fazendas de café na região de Campinas.

Na capital, visitava regularmente a Vila Kyrial, famoso reduto cultural e boêmio mantido por seu tio, o político e intelectual José de Freitas Vale, na Vila Mariana, nas décadas de 10 e 20. Isso não o impediu de liderar a Revolução de 1930, que deu fim à República Velha tocada pelos paulistas.

Foi ministro da Fazenda após a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, e das Relações Exteriores durante a II Guerra Mundial. Também comandou a assembleia da ONU que aprovou a criação de Israel, em 1947. Mais tarde, virou item do menu dos restaurantes. Gostava tanto de bife temperado com alho que o prato acabou levando o seu nome: “filé à oswaldo aranha”.

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