Para os fãs mais apaixonados por séries de TV, este não é um fim de semana comum. Três grandes produções, de gêneros completamente distintos, dão seu “adeus” ao público. E não é sempre que isso acontece.
É o caso de Maravilhosa Sra. Maisel, do Prime Video, que, após cinco belas temporadas, apresentou um desfecho que faz jus ao seu título nesta sexta (26): maravilhoso, de fato. A saga da Midge Maisel (Rachel Brosnahan, atriz que encarnou Midge com perfeição), mulher divorciada que mergulha no mundo artístico com o sonho de se tornar uma comediante de sucesso, conquistou diversos Emmy e Globo de Ouro ao longo dos anos.
O final da série criada por Amy Sherman-Palladino, assim como a última temporada como um todo, foram acima da média – especialmente após uma 4ª temporada morna. Pontas soltas encontram seus pares, as relações se alinham de forma mais clara (com destaque para a protagonista e Susie, vivida por Alex Borstein) e o sonho de Midge está cada vez mais próximo de se tornar realidade.
O artifício temporal que o roteiro usa, apresentando os personagens em diferentes décadas (de 1960 aos anos 2000), é o que mais dá ritmo aos últimos episódios. E, no fim, tudo faz sentido.
Não é exagero afirmar que o último episódio de Sra. Maisel é um dos melhores vistos na TV dos últimos anos, pois a série soube aproveitar absolutamente todas as qualidades de seu enredo e elenco para, então, nos fazer rir e chorar. Ou os dois ao mesmo tempo, pela última vez.
Já com relação a Barry e Succession, ambas com 4ª temporadas e exibidas em dobradinha nos domingos da HBO e HBO Max, no horário nobre das 22h, a expectativa para amanhã (28) é de que o nível continue lá no topo.
Enquanto a primeira, que começou no sarcasmo mas evoluiu para o suspense, também utilizou a passagem do tempo para explorar as consequências dos atos do assassino Barry Berkman e todos ao redor, Succession foca na morte de Logan Roy (Brian Cox) em meio às tensões entre os filhos para ver quem seguirá no comando do império.
A rinha de bilionários parece uma comédia às vezes, mas a tragédia está sempre à espreita desses personagens que, em suas altas torres de egocentrismo, raramente observam o que acontece em volta. O final está em total aberto, mesmo faltando apenas um episódio.
Este é mesmo um fim de semana para se lembrar. São produções únicas que, apesar de não compartilharem os mesmos gêneros, sempre terão uma coisa em comum: essas histórias nunca abriram mão de instigar e provocar o público com diálogos ou situações complexas. Muitas vezes repentinas. Como Midge Maisel, Barry Berkman e o clã Roy nos mostraram, é possível chegar a este nível de qualidade – seja com comédia, drama ou suspense.
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