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Maid, na Netflix, é uma minissérie indispensável sobre se libertar de padrões repetitivos

Produção estrelada por Margaret Qualley é baseada em uma história real e traz à tona reflexões sobre relacionamentos abusivos

Por Barbara Demerov
Atualizado em 18 out 2021, 13h08 - Publicado em 18 out 2021, 13h05

✪✪✪✪ Logo após You e Round 6, uma minissérie cuja temática é completamente diferente não sai do Top 10 da Netflix – e, ainda assim, precisa ganhar ainda mais os holofotes nas redes sociais. Estou falando de Maid, produção estrelada por Margaret Qualley.

Maid aborda a incansável jornada de uma jovem mãe chamada Alex (Qualley). Presa em um relacionamento abusivo mas disposta a mudar sua realidade e recomeçar do zero, a protagonista parte em busca de sua liberdade emocional e estabilidade financeira ao lado de Maddy, sua filha de três anos. Mas esse percurso não é nada fácil. Afinal, sair da zona de manipulação em um relacionamento é, no mínimo, desafiador.

Os dez episódios da produção original Netflix são intensos e chocantes, cada um à sua maneira. Acompanhamos Alex se mudando constantemente, lidando com revelações e traumas familiares e a chantagem do companheiro. A jovem enfrenta problemas dos mais diversos – como o mofo em um apartamento cedido pelo governo ou a instabilidade de sua mãe, interpretada pela mãe de Qualley na vida real, Andie MacDowell.

Pontualmente, podemos respirar fundo ao lado de Alex enquanto ela recarrega suas energias em refúgios, tais como o abrigo para vítimas de violência doméstica ou durante curtas estadias em casas de pessoas que têm a intenção de lhe ajudar (ainda que esperando algo em troca). Esses breves respiros não só servem de alento como expõem com bastante expressividade a gravidade do problema de viver em ambientes desequilibrados emocionalmente.

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Maid é baseada na história de Stephanie Land, mas esse não é o único elemento da vida real que a série toma para si. Tudo ali é palpável: desde as emoções contidas de Alex até as escolhas difíceis que precisa fazer em prol da felicidade. Aos poucos, ela entende que precisa dar o primeiro passo para se reconectar com si mesma. Mas, quando há um acerto, inesperadamente tudo vira do avesso, fazendo com que tenha dúvidas se está no caminho certo. Ainda que Alex nunca desista, a experiência de assistir à série é dolorosa, tal como o tortuoso caminho feito por uma vítima de um relacionamento abusivo.

A atuação de Margaret Qualley como Alex é o grande ímã de Maid. Ela é autêntica, inocente e poderosa. Ela é de verdade. As diferentes nuances da jovem adulta são tocantes e entram em uma inevitável expansão a partir do momento em que passa a compreender que, apesar de não ter marcas no corpo, é uma vítima de violência doméstica. Afinal, a violência psicológica deixa marcas invisíveis, e sua atitude de romper com esse ciclo vicioso já é uma vitória.

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Alex mal tem tempo para respirar enquanto disputa a guarda da filha com o pai, procura por um emprego digno como empregada doméstica e lida com seu pai ausente. Mas Maid não faz com que a personagem seja unilateral: ela tem suas falhas, receios e inseguranças, assim como muitas mulheres que passaram e estão passando por essa terrível situação.

Desde a abordagem crua da narrativa (que literalmente se inicia com Alex fugindo do trailer onde morava com o companheiro) até as reviravoltas apresentadas ao longo dos capítulos, Maid acaba por ser um grande serviço social dentro do entretenimento. Acompanhar a jornada realista de Alex no formato de uma maratona pode não ser tão divertido, mas algumas lições e reflexões certamente não sairão de sua mente tão cedo.

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