Terceiro capítulo de Animais Fantásticos prioriza a política em contexto histórico
Produção conta com participação da atriz Maria Fernanda Cândido, em papel que pode ganhar mais atenção nos próximos longas da franquia
As expectativas estão altas para o lançamento de Animais Fantásticos: os Segredos de Dumbledore, que chega às salas de cinema de todo o Brasil em 14 de abril. O terceiro capítulo da franquia que faz parte do universo de Harry Potter apresenta mais conflitos e, consequentemente, mais tensão à medida que Gerardo Grindelwald (Mads Mikkelsen, substituto de Johnny Depp no papel do vilão) ganha mais poder e influência.
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A trama prioriza a atenção à política em vez da magia em si, já que se passa nos anos 30, próximo do início da II Guerra mundial. Os magos não querem uma guerra com os “trouxas” (definição da autora J.K. Rolling para nós, humanos), mas Grindelwald almeja seguir por esse caminho.
Diante da ameaça, o professor Alvo Dumbledore (Jude Law) sai do conforto da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e sabe que o poderoso mago das trevas está se movimentando para assumir o controle do mundo. Conhecendo o poder do antagonista, ele pede ao magizoologista Newt Scamander (Eddie Eedmayne, vencedor do Oscar por A Teoria de Tudo e protagonista da franquia) para liderar uma equipe de bruxos — e Jacob (Dan Fogler), corajoso padeiro trouxa — em uma desafiadora missão.
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Os tais animais fantásticos do título ainda ganham destaque, com atenção especial a uma criatura cujo potencial pode guiar a sociedade a uma nova etapa. As ideias fascistas de Grindelwald (que, como esperado, é interpretado com maestria por Mikkelsen) não só simulam as ideias de Adolf Hitler e o cenário pré-guerra como também dão impulso ao combate mais aguardado de Animais Fantásticos, em que Dumbledore estará do outro lado, armado de sua varinha.
O desfecho, como Harry Potter já indica pela presença do diretor de Hogwarts, é claro: Grindelwald não sobreviverá. Mas, ainda que o público já tenha ideia do final, é interessante acompanhar o que está no meio — como o peso da relação da dupla (que viveu um relacionamento amoroso no passado) nos dias atuais.
Além disso, a revisita ao mundo mágico traz uma presença que sai diretamente do Brasil: Maria Fernanda Cândido interpreta Vicência Santos. Ela é a candidata ao cargo de Chefe Supremo da Confederação Internacional de Bruxos e, apesar de a sua participação ser curta, pode ser chamada de “histórica”. A adição da atriz no elenco possivelmente ganhará mais atenção nos dois próximos longas.
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Publicado em VEJA São Paulo de 13 de abril de 2022, edição nº 2784