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Mostra SP: ‘A Besta’ aborda a influência da IA nas relações amorosas

Novo filme de Bertrand Bonello tem Léa Seydoux e George Mackay

Por Barbara Demerov
Atualizado em 21 out 2023, 14h01 - Publicado em 21 out 2023, 13h51

✪✪✪ A Besta, novo filme de Bertrand Bonello (Saint Laurent), é um filme aterrorizante – e o gênero no qual se enquadra não é terror. Muito pelo contrário: a história fala sobre o amor que persiste mesmo após várias vidas e o avanço da tecnologia no mundo.

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Na trama estrelada pela ótima Léa Seydoux, que interpreta Gabrielle, a França e o mundo todo foram tomados pela Inteligência Artificial. Muito mais do que ajudar os humanos com ChatGPT, num futuro próximo (em 2044) a humanidade depende totalmente das máquinas para viver. Para a tecnologia senciente, os fortes sentimentos dos humanos são um obstáculo que os impede de conseguir trabalhos melhores, por exemplo.

É dentro desse cenário limitado que Gabrielle decide “limpar” seu DNA a fim de se tornar um humano que não precisa lidar com a infelicidade. Para que isso aconteça, ela precisa reviver suas vidas passadas e encontrar o ponto fraco delas.

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Esse ponto é Louis (George MacKay, do filme 1917). Em vidas passadas, eles sempre acabaram se cruzando mas nunca foram felizes juntos. Em uma delas, na Paris antes da Grande Inundação de 1910, Gabrielle é casada e Louis é um admirador.

O drama de Bonello dá bastante foco ao romance e à construção do elo emocional entre Gabrielle e Louis. Mas é nos momentos no futuro que A Besta fica ainda mais interessante. Paris está deserta, as pessoas andam com uma máscara especial e roupas claras, e os robôs (que parecem humanos) estão às ordens. Não há muito para onde fugir, exceto por uma boate que viaja pelas décadas de 60, 70 e 80, onde os humanos podem dançar e se divertir.

Como é dito algumas vezes ao longo da narrativa, “as grandes catástrofes já aconteceram” no mundo. Mas, para Gabrielle, o significado de desastre seria perder de vista o controle de suas próprias emoções.

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A Besta é um filme diferenciado e foca a atenção no impacto que as máquinas ainda poderão criar nessa e nas próximas gerações. Nos anos 80, o longa até poderia parecer surreal. Hoje, não é bem assim.

Filme visto na 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

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