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Por Arnaldo Lorençato
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Sergio Pagano é um dos maiores fotógrafos de gastronomia do país

Morando no Brasil há quase 40 anos, italiano produziu perto de 50 livros sobre o tema e fez importantes registros da Costa do Cacau, na Bahia

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 mar 2024, 13h19 - Publicado em 22 mar 2024, 13h09

A Costa do Cacau, um dos lugares mais solares da Bahia, foi tema de uma série de fotos realizada por Sergio Pagano quase duas décadas atrás. Italiano nascido em Milão e um dos maiores mestres dos registros gastronômicos no país, ele percorreu a área clicando fazendas produtoras do fruto na região de Ilhéus, Itabuna e Itacaré. Fez imagens para o livro Sabor do Brasil (Sextante Artes, 344 págs.) , lançado em 2012 pela jornalista Alice Granato, redatora-chefe da Vejinha. “Gostei muito da viagem que fizemos pelo país. E o cacau é muito importante. Sua produção no meio da natureza é tão interessante”, diz o profissional, que completa 74 anos nesta sexta (22).

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Bonecos de Jorge Amado: o escritor tornou o cacau tema de um romance contundente (Sergio Pagano/Divulgação)

Em Ilhéus, famosa por ser a referência do maior polo produtor de cacau do país, Pagano clicou a residência onde o escritor Jorge Amado passou a infância e a adolescência. É um palacete centenário que desde 1997 funciona como um centro cultural. Amado fez da cidade e daquele pedaço da Bahia cenário para seus romances, em especial, Cacau, de 1933, obra na qual narra a dura rotina dos trabalhadores rurais que, até a Segunda Guerra Mundial, faziam do Brasil o principal produtor mundial do fruto. E foi número 2 até 1989, quando houve uma infestação de vassoura-de-bruxa, praga que dizimou os cacaueiros quase por completo (hoje, o país ocupa a sétima posição).

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Amêndoas selecionadas: prontas para virar chocolate (Sergio Pagano/Divulgação)

A carreira de Pagano na fotografia começou em 1970. Nesse ano, ele estreava atrás das câmeras ainda na Itália. Antes de se mudar para o Brasil, em 1986, para cobrir o Rock in Rio, teve uma temporada em Paris fotografando astros da música — retratos, como os que fez da diva pop Nina Hagen, viraram história. “Sou grato ao Brasil, que me acolheu com carinho”, diz. Nos anos 90, enveredou pela gastronomia em revistas como a Gula.

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Casa de Amado em Ilhéus: centro cultural desde 1997 (Sergio Pagano/Divulgação)

No segmento, produziu perto de cinquenta livros, parte deles com personagens e chefs célebres. São nomes como Claude Troisgros, com quem estreou nesse universo com Da Cabeça à Panela,  de 1993, Emmanuel Bassoleil, Olivier Anquier, Gero Fasano e Luciano Boseggia. “O Sergio é um grande profissional, o maior, que abriu o caminho para as fotos de gastronomia”, elogia Bassoleil, que com ele fez Uma Cozinha sem Chef (1994) e Sabores da Borgonha (2007).

Publicado em VEJA São Paulo de 22 de março de 2024, edição nº 2885

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