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Por Arnaldo Lorençato O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

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COMER E BEBER

Conhecido pela qualidade, Ici Brasserie deu uma derrapada em minha última visita

Do atendimento à refeição, endereço francês teve mais erros do que acertos

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Atualizado em 2 set 2022, 15h57 - Publicado em 2 set 2022, 06h00

Tagine vegano: abóbora assada com especiarias, hommus e salada, acompanhados por cuscuz marroquino — Tagine vegano: de abóbora assada com especiarias (Arnaldo Lorençato/Veja SP)

O Ici Brasserie é um daqueles restaurantes de rede com um cardápio que, se não impressiona do ponto de vista gastronômico, na maioria das vezes coleciona acertos por uma culinária bem-feita e padronizada. Não foi bem assim na minha última e recente visita, um jantar na unidade do Shopping VillaLobos.

Primeiro, a pessoa que nos atendeu chegou a ter uma “DR” com a cozinha, que expediu os pratos principais antes da entrada (prontinhos, marcharam eles de volta à cozinha). Pedida para abrir a refeição, as moules frites (R$ 69,00) mostraram-se muito saborosas, ainda que as batatas fritas parceiras estivessem um tanto molengas. Ainda melhor estava o boeuf bourguignon (R$ 98,00), um cozido de carne ao molho de vinho tinto com bacon, cenoura, minicebola e cogumelo amparado por um sedoso purê de batata.

O que não teve jeito mesmo foi o tagine vegano de abóbora assada com especiarias (R$ 65,00). A hortaliça estava tão árida que nem o homus e a salada de companhia melhoraram sua textura. Mas era pior o cuscuz marroquino empelotado que completava o prato.