Fasano: fim do mistério das trufas perdidas
Parecia um roteiro escrito por Andrea Camilleri — o criador dos romances policiais protagonizados pelo comissário glutão Salvo Montalbano — para um filme de Fellini. Um carregamento de trufas brancas de Alba, uma das iguarias mais caras do planeta, senão a mais cara, desaparece sem deixar qualquer pista. Mas em vez da imaginária cidadezinha de Vigàta […]
Parecia um roteiro escrito por Andrea Camilleri — o criador dos romances policiais protagonizados pelo comissário glutão Salvo Montalbano — para um filme de Fellini. Um carregamento de trufas brancas de Alba, uma das iguarias mais caras do planeta, senão a mais cara, desaparece sem deixar qualquer pista. Mas em vez da imaginária cidadezinha de Vigàta das novelas de Camilleri, a ação se desenvolve em São Paulo.
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Da Itália, a preciosidade que cresce espontaneamente junto de carvalhos no Piemonte é embarcada para o Brasil por um dos mais respeitados comerciantes do produto, o Urbani Tartufi. O destino: os restaurantes da grife Fasano, a mais respeitada do país quando o assunto é comida italiana.
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Documentação em ordem, tudo aparentemente tranquilo. Mas, quando o representante do Grupo Fasano tenta retirar o pacote com as preciosidades na quinta passada, 6 de novembro, vem o susto. Cadê as trufas? Ninguém sabe, ninguém viu. Elas simplesmente sumiram.
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Bem, na falta do comissário Montalbano, a polícia foi imediatamente acionada. A equipe do delegado titular do Aeroporto de Cumbica, Marcelo Caio Ferrari, entra em ação. Nunca antes na história deste país havia se falado em desaparecimento de trufa ou tartufo, como queiram chamar. “Desconhecemos qualquer outra ocorrência como essa”, diz Ferrari. “Foi um erro de logística.” E que erro.
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O mistério que parecia rocambolesco se dissipou nesta tarde. Não, ninguém precisou ser fichado. Nada de extravio de carga ou mesmo um roubo. A resposta é bem mais simples, mas, digamos, trágica para as trufas. Não se sabe como, mas em vez de a carga preciosa de 13 mil euros ter ido para o Vigiagro, divisão do Ministério da Agricultura, foi parar no Terminal 4, no setor de Correios.
“Como a caixa permaneceu quatro dias fora da refrigeração, estavam destruídas”, lamenta o restaurateur Rogério Fasano. Para atender a clientela, ele providenciou novas remessas da iguaria.
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