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Por Arnaldo Lorençato
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Così da Vila Nova Conceição: fecha definitivamente depois do almoço de hoje

Depois de pouco mais de dois anos de funcionamento, os sócios Renato Carioni e Leonardo Recaldi decidiram por um ponto final no Così da Vila Nova Conceição. O restaurante serve seu último almoço agora e depois fecha as portas definitivamente. Essa filial não obteve os resultados esperados pela dupla de proprietários, resultando em uma equação […]

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Atualizado em 27 fev 2017, 11h19 - Publicado em 7 mar 2013, 14h47

Casa da Vila Nova Conceição: de portas fechadas a partir do jantar desta noite (Foto: Fernando Moraes)

Depois de pouco mais de dois anos de funcionamento, os sócios Renato Carioni e Leonardo Recaldi decidiram por um ponto final no Così da Vila Nova Conceição. O restaurante serve seu último almoço agora e depois fecha as portas definitivamente. Essa filial não obteve os resultados esperados pela dupla de proprietários, resultando em uma equação negativa, bem diferente da matriz da Santa Cecília, um tremendo sucesso desde a inauguração em 2009.

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Carioni, responsável pelos fogões, conta que acreditavam que poderiam estourar na Vila Nova Conceição que estava se tornando um polo gastronômico capitaneado pelo Kinoshita e pelo Josephine. “Apostamos no boom que a região poderia ter. Se tínhamos virado na Barão de Tatuí, uma rua em Santa Cecília que liga nada a lugar nenhum, por que não faríamos virar na Jacques Félix, em um bairro nobre? Não foi o que aconteceu”, diz o chef.

Embora a filial lotasse de sexta a domingo, era muito tranquila durante a semana. “Nem com um almoço executivo a preço razoável, conseguíamos atrair público necessário para fechar as nossas contas”, assegura Recaldi. O principal problema dessa casa para Carioni decorre da sazonalidade de movimento do bairro. “A Vila Nova Conceição vira um deserto em janeiro, fevereiro e julho. Dos doze meses do ano, trabalhamos forte somente nove”,  diagnostica o cozinheiro.

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“Infelizmente, não tem um grupo investidor por trás da gente. Montamos o restaurante com empréstimos bancários e essa dívida acabou virando uma bola de neve. Se tivéssemos mais recursos, insistiríamos um pouco mais”, diz Recaldi, responsável pela contabilidade. Em sua planilha, os custos fixos – aluguel, mão de obra, etc – eram muito altos. “O aluguel na Vila Nova Conceição é quase três vezes o que desembolsamos na Santa Cecília. Pagávamos 13.200 reais e pesava muito”, contabiliza. Os sócios cogitaram levar o Così para o Itaim, mas esbarram justamente no aluguel, que salta para uma média 20 mil a 30 mil reais por mês. “Não dava para segurar”, afirma Recaldi que pôs à venda o restaurante de portas fechadas. “Uma consultoria especializada avaliou o Così da Vila Nova em 900 mil reais. Estamos passando adiante por 600 mil reais.”

Agora em dedicação exclusiva na unidade de Santa Cecília, Carioni promete renovar o cardápio. “Terei uma página com os nossos best-sellers: ravióli de pupunha no molho de camarão, nhoque de mandioquinha ao creme de parmesão com lâminas de pato, polpettone caprese acompanhado de salada de rúcula e risoto de polvo e azeitona verde.”

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Carioni: “vou me concentrar em Santa Cecília e renovar o cardápio” (Foto: Antonio Rodrigues)

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