Cidade Matarazzo ganha o formidável complexo gastronômico Mata Città
Com restaurante, bar, sorveteria e brunch, espaço de 1 600 metros quadrados dedicado à culinária italiana fica perto da Paulista
O monumental Cidade Matarazzo tem uma estreia e tanto na quarta (10). Vem se somar ao espaço histórico, remodelado pelo francês Alex Allard e onde já funciona o centro cultural Casa Bradesco, o primeiro restaurante. Ou melhor, um complexo dedicado à culinária italiana, intitulado Mata Città.
Neste início, serve almoço e jantar. A partir de janeiro, está prevista a abertura também para o café da manhã. Com um visual e arquitetura de tirar o fôlego elaborados pelo escritório Toca, da consultora de projetos especiais de arte e moda Malu Barretto, o Mata Città esparrama-se por uma área grandiosa de 1 600 metros quadrados, capaz de acomodar 470 pessoas simultaneamente em seus sete ambientes, todos cinematográficos.
“A ideia foi criar ambientes que conversam com a arquitetura histórica ao redor, mas cada um com sua própria personalidade”, explica Malu. “No fim, tudo se conecta para formar uma experiência imersiva que mistura design, gastronomia e convivência.”
Entre os muitos detalhes decorativos de faiscar na retina e que mais chamam a atenção são cerca de 1 200 pratos espalhados por paredes e tetos, em especial de uma sala mais intimista com dois ambientes, um de frente para o outro, e batizada de Conde. Além da louça, há, aqui e acolá, fotos do conde Francisco Matarazzo e seus descendentes, ele fundador do hospital transformado no espaço multiúso que aos poucos ganha novas utilizações.
A proposta, aliás, recorrente em muitos empreendimentos dedicados à Itália, é resgatar a atmosfera da dolce vita, como fez o genial Federico Fellini em um de seus filmes mais emblemáticos.
Não por acaso, a sorveteria, também dedicada a servir brunch e café da manhã, tem o mesmo nome do filme. Mas não se verá por lá uma reprodução da Fontana di Trevi invadida por Anita Ekberg.
No salão intitulado Tivoli, montado como um jardim de inverno e cercado de muito verde, há uma cópia da escultura As Três Graças, na qual o italiano Antonio Canova personifica as deusas da mitologia grega Aglaia, Eufrosina e Thalia, ideia surgida muito antes da novela de Aguinaldo Silva.
A sequência de ambientes inclui o Cucina, um misto de restaurante e empório ocupado por mesão coletivo com 26 lugares. É ali também que se expedem as pizzas assadas em um forno para pães da marca portuguesa Ramalho.
No Positano, nome de um dos mais belos balneários da Costa Amalfitana, o limão-siciliano impera na decoração. Fica vizinho ao Capo, um bar grandioso com um piano e cortinas vermelhas.
Na área externa, um pergolado com a proteção de tecido branco abriga o Terrazza, o único local pet friendly do conjunto.
Completam a cenografia, dois dos banheiros mais instagramáveis da cidade, um deles dedicado às cartas de tarô da região da Puglia. Por lá, há uma tela touch screen para o visitante consultar a sorte.
A gastronomia, com supervisão do chef-executivo do Cidade Matarazzo, Felipe Rodrigues, está nas mãos de Thiago Saldiva, profissional de sólida carreira e cujo posto mais recente era o comando do L’Avenue, franquia francesa com um caprichado menu no Shopping Cidade Jardim. “Minha proposta de cardápio parte de três princípios fundamentais: a comida precisa ser muito boa, ser servida rapidamente e ser familiar. Não quero que os clientes fiquem perdidos no cardápio”, explica.
As receitas definidas por ele seguem a linha clássica, sem grandes invenções. Thiago, porém, não nega a adição de um ou outro toque autoral. “Pela minha formação e vivência, é inevitável dar uma personalidade própria aos pratos”, garante. O foco é em pizzas e massas. Também há uma preocupação com o preço.
A tradicional margherita, em tamanho individual e coberta com molho de tomate, muçarela fior di latte e manjericão, sai por 38 reais. No capítulo das massas, não faltaram versões de espaguete como um singelo alho e óleo e o all’assassina, tostado em molho de tomate picante e exclusividade do bar Capo. Cada um deles custa 40 reais.
Tem ainda versões frescas e recheadas, caso do agnolotti dal plin banhado por manteiga com parmesão e molho demi-glace, a 70 reais. A oferta se completa com carnes, entre elas o ossobuco ao vinho tinto por 160 reais.
Na seção dedicada às sobremesas e cuidada por Bárbara Andrade, umas das promessas para conquistar o paladar da clientela é a torta de limão e merengue, a 96 reais para três pessoas.
Com imponente balcão, o Capo está nas mãos do head mixologist Gabriel Bressane e do chefe de bar Carlos Franco. A dupla prepara drinques conhecidos, assim como revisita clássicos. Um exemplo é o negroni del conde, combinação de gim, amaro, vermute tinto, banana, açaí, bitter de cacau e chocolate 70% cotado a 75 reais.
A oferta etílica se completa com uma extensa carta de vinhos. Repousam na adega 300 rótulos de estilos e origens diferentes.
Na orquestração de tudo está o gerente-geral da operação, Octavio Moniz, conhecido como Tato. “Sou responsável por toda a estrutura organizacional da casa, por garantir a excelência do atendimento, da experiência do cliente em todos os ambientes e junto com o chef Thiago garantir o bom desempenho e resultado da operação”, afirma.
Entre as expectativas está a premissa de, em uma curva ascendente, receber até 2 000 clientes a cada dia. Para isso, Tato conta com uma equipe de 150 profissionais no salão e outras setenta pessoas na cozinha.
Não é um desafio simples deleitar o exigente público paulistano em uma das cidades mais italianas do mundo fora da Itália. É aguardar e conferir.
Publicado em VEJA São Paulo de 5 de dezembro de 2025, edição nº 2973.
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