A Botanista, conhecida pelo brunch, passa a servir também jantar
O endereço do centro assume a função de restaurante com um menu de pratos simples, mas com preparos inspirados. Leia a crítica
Não estranhe o nome. A Botanista foi aberta em 2017 como loja de plantas e, três anos depois, em plena pandemia, assumia a vocação de restaurante expresso. Desde o início, servia refeições conhecidas como brunch, aquelas que podem ser um café da manhã reforçado, um quase almoço.
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E sempre atendeu quem aparecia para beber um expresso Tocaya (R$ 6,00), de grãos cultivados na parte mineira da Serra da Mantiqueira junto com um pão de mandioquinha (R$ 12,00), versão vegana do pão de queijo.
Em 22 de março, os proprietários Nubia Borges, responsável pela cozinha, e Gustavo Sérvio ampliaram o funcionamento. A casa virou restaurante noturno duas vezes por semana. Às sextas e aos sábados, abre para jantares com um cardápio brasileiro que reúne pratos simples, mas com preparos inspirados.
O melhor exemplo está no peixe do dia, que pode ser o robalo como na minha visita, empanado na tapioca (R$ 75,00). Vem sequinho e crocante, úmido no centro e na companhia de homus de beterraba que traz um contraste agradavelmente terroso mais salada de coentro.
Outro prato bem executado, o medalhão de carne de sol pincelado por geleia de cenoura e laranja vem com um delicioso muffin salgado de abóbora — pena que um ou outro quiabo tostado que completa a pedida possa ser fibroso. Custa R$ 65,00.
Antes, há entrantes como o ceviche de banana-da-terra com camarão miúdo e muita cebola-roxa junto de bom pão de fermentação natural (R$ 48,00) e a macaxeira cozida com mel e compota de caju (R$ 36,00), quase uma sobremesa.
Falando nelas, recomendo a cheesecake de queijo da Serra da Canastra com calda toffee de rapadura e floquinhos de tapioca, chamados de pipoca (R$ 28,00). O reforço na glicose pode vir com a pegada sertaneja da cartola (R$ 38,00), coquetel de banana, cachaça, melado de canela defumada e queijo maçaricado servido à parte para dar um toque salgado.
Logo na chegada, é servido um cativante amendoim cozido, chamado de edamame do sertão que vai muito bem com outros drinques da casa, em especial a caipirinha de cajá (R$ 28,00).
Avaliação: BOM (✪✪✪)
Botanista
Rua Bento Freitas, 290, centro.
Publicado em VEJA São Paulo de 19 de abril de 2024, edição nº 2889
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