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Vereador entra com ação contra Nando Reis por falas sobre Bolsonaro

Durante show no Festival Turá, realizado no Parque do Ibirapuera no último domingo, artista fez um 'L' com a mão e falou 'fora, Bolsonaro'

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 6 jul 2022, 12h10 - Publicado em 6 jul 2022, 10h58

O cantor Nando Reis virou alvo de representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) por causa de uma fala contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) feita durante show realizado no último domingo (3). O artista se apresentou no Festival Turá, no Parque do Ibirapuera.

Durante a apresentação, o cantor disse desejar que o governo atual acabe logo. “Espero que o tempo passe e que essa m***a de governo acabe”, cantou, durante a música “N”. Além disso, gritou “Fora, Bolsonaro” e fez um L com a mão em outro momento.

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Em representação feita na última terça (5), o vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União) afirma que Lula “foi diretamente beneficiado em comício/showmício disfarçado de evento cultural no qual Reis realiza e incentiva flagrante ato de propaganda eleitoral antecipada e irregular”. Por isso, o parlamentar pede que Nando Reis, o ex-presidente e também o Multishow, que exibiu ao vivo o festival, sejam multados por propaganda antecipada.

“Ao fazer ‘L’ com as mãos e incentivar o público a fazer o mesmo, bradando expressões como ‘fora, Bolsonaro’, fica evidente o pedido explícito de voto e a manifestação eleitoral em favor do beneficiário Lula, bem como inegável a campanha negativa em relação ao atual Presidente da República e pré-candidato a reeleição”, afirma o vereador no documento. “O ato ilícito foi transmitido (e continua sendo divulgado) em canal de televisão por assinatura, sendo certo que a campanha antecipada está sendo acessada e visualizada por um incontável número de pessoas”.

Na última terça, a cantora Juliette Freire também foi alvo de um pedido de investigação por conta de um show realizado na Festa de São João de Caruaru, em Pernambuco. Neste caso, a cantora não fez nenhuma manifestação explícita, apenas a plateia cantou gritos em favor de Lula.

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Caberá ao MPE decidir se abrirá uma investigação ou se arquiva a representação. Caso decida que há indícios de irregularidades, terá de levar o caso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A lei prevê que, caso alguém faça campanha eleitoral antecipada, poderá pagar multa de R$ 5 mil a R$ 25 mil. A propaganda eleitoral neste ano só é permitida a partir de 16 de agosto.

As manifestações de artistas em prol ou contra pré-candidatos nas eleições de 2022 têm sido frequentemente levadas à Justiça. O exemplo mais emblemático ocorreu em março, quando o PL acionou TSE contra o festival Lollapalooza, após a cantora Pabllo Vittar levantar uma bandeira com a imagem de Lula durante sua apresentação. Um ministro do tribunal atendeu ao pedido e proibiu manifestações políticas no festival, que virou alvo de críticas nas redes sociais e no meio artístico.

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