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Uma adega para impressionar

Confira as treze dicas de vinhos incríveis para montar a sua adega

Por Arnaldo Lorençato
Atualizado em 5 dez 2016, 19h04 - Publicado em 27 nov 2009, 14h41

Para os apaixonados por vinho, o prazer de desarrolhar garrafas de uma safra excepcional parece não ter preço. Há sempre enófilos dispostos a investir pequenas fortunas para ter joias líquidas em sua adega. Nestas e nas próximas páginas, encontra-se uma seleção de treze rótulos trazidos das principais regiões produtoras. Alguns impressionam pela aura mítica, como o francês Château Petrus. Outros são ícones de seu país, caso do espanhol Vega Sicilia. Encontrados em lojas e importadoras da cidade, custariam mais de 95 000 reais caso algum apreciador da bebida resolvesse comprá-los numa tacada só.

KRUG CLOS D’AMBONNAY 1995

De um minúsculo vinhedo no sudeste da Montanha de Reims, vieram as uvas pinot noir colhidas no outono europeu e transformadas neste recém-lançado champanhe de cor dourada vibrante. Para chegar à maturação ideal, o brut blanc de noirs permaneceu na cave da empresa descansando por doze anos. Foram produzidas

1 500 garrafas, das quais apenas duas chegaram ao Brasil, por R$ 13 500,00 cada uma.

Moët Hennessy do Brasil, ☎ 3062-8388.

ROMANÉE-CONTI 2006

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Um dos tintos mais cobiçados do mundo tem sua matéria-prima — a uva pinot noir — extraída de videiras com mais de quarenta anos de idade na região francesa da

Borgonha. A vinifi cação desse grand cru de notável elegância é feita em tonéis de madeira e, posteriormente, em barricas de carvalho novo, o que lhe confere estrutura e longevidade. R$ 12 800,00.

Expand, ☎ 3847-4805.

CHÂTEAU PETRUS 1996

Lendário entre os rótulos de Bordeaux, o tinto de merlot com uma pequena quantidade de cabernet franc tem suas garrafas disputadas a peso de ouro desde o início do século passado. Muitas de suas safras são míticas entre os enófi los, em especial as de 1945, 1947 e 1961. A edição de 1996 (R$ 11 955,00) está entre as consideradas memoráveis pelos especialistas.

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World Wine, ☎ 3085-3055.

CHÂTEAU LATOUR 1990

A torre, que batiza o vinho e a propriedade onde ele é feito, foi erguida originalmente

no século XIV e outra foi construída em seu lugar quase 300 anos depois. Tornou-se um dos símbolos máximos de qualidade entre os tintos de Bordeaux, elaborado a partir de uma combinação de cabernet sauvignon, merlot, cabernet franc e petit verdot. A safra 1990 (R$ 7 800,00) recebeu nota máxima de 100 pontos da revista americana

Wine Spectator. Expand, ☎ 3847-4805.

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CHÂTEAU CHEVAL BLANC 2000

A característica mais surpreendente deste grande tinto de Bordeaux encontra-se em sua composição. Elaborado pelo enólogo Pierre Lurton, leva proporções quase

idênticas de merlot e cabernet franc, essa última caracterizada como a cepa principal. O resultado é um vinho de guarda, mas de grande frescor e ótima acidez. R$ 4 900,00.

Cia. do Whisky, ☎ 5055-6000.

CHÂTEAU MOUTON ROTHSCHILD 2000

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Além de suas próprias qualidades, o vinho da região de Bordeaux fi cou famoso pelos seus rótulos. A cada ano, os proprietários da empresa francesa Baron Philippe

de Rothschild convidam um artista diferente para desenhar a etiqueta. Em tamanho magnum (1,5 litro), que favorece a guarda por longo tempo, a safra de 2000 traz estampado um carneiro esmaltado em ouro.

R$ 12 738,00. Casa do Porto, ☎ 3061-3003.

CÔTE-RÔTIE – CÔTE BRUNE LA TURQUE 2002

É um dos raros vinhos franceses fora das regiões de Borgonha e Bordeaux a alcançar enorme reconhecimento internacional. Produzido às margens do Rio Rhône, este tinto mostra toda a expressão da syrah combinada a uma discreta adição da uva branca viognier, revelando aroma sedutor e taninos macios. O resultado tão positivo deve-se à dedicação dos proprietários, membros da família Guigal. Sai por R$ 1 450,00.

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Expand, ☎ 3847-4805.

VEGA SICILIA ÚNICO GRAN RESERVA 1998

Assim como a paella é o prato nacional da Espanha, o Vega Sicilia Único (R$ 1 271,20), cuja primeira safra saiu em 1915, foi reconhecido por décadas como o ícone enológico do país ibérico. Consagrou-se como um símbolo de requinte e nunca perdeu esse status. Produzido na Ribeira del Duero a partir de uma mescla da uva espanhola tempranillo com as francesas merlot e cabernet sauvignon, tem grande estrutura e é feito para durar. Mistral, ☎ 3372-3400.

AMARONE DAL FORNO ROMANO DOC 2002

Entre os fãs, caso do crítico americano Robert Parker, este amarone (R$ 1 075,00) foi eleito o rei de Valpolicella, região do Vêneto, ao norte da Itália. Não lhe falta majestade, a começar pela cor rubi profunda, conferida pelo uso das uvas corvina,

rondinella, croatina e oseleta. Além de ter aromas intensos, surpreende também pelo alto teor alcoólico. Na safra 2002 atingiu 17%.

Cellar, ☎ 5531-2419.

PENFOLDS GRANGE SHIRAZ 2003

Encantado com os vinhos franceses de Bordeaux, o australiano Max Schubert (1915-1994) começou a produzir o Grange na década de 50, em seu país natal. A princípio, foi muito criticado. Sua perseverança, porém, provou que poderiam ser

feitas bebidas de ótima qualidade na Oceania. A edição 2003 do shiraz, nome dado na Austrália para a uva syrah, sai a R$ 1 588,41.

Mistral, ☎ 3372-3400.

OPUS ONE 2004

A vinícola produtora deste rótulo surgiu nos anos 70 na Califórnia, a partir de uma associação da americana Mondavi com os donos do Château Mouton Rothschild. Juntos em Napa Valley, criaram o Opus One, cuja primeira safra saiu em 1979. Tornou-se um tremendo sucesso e teve caixas disputadas em leilão. Hoje, enfrenta a concorrência de muitos outros tintos dos Estados Unidos, mas segue firme entre os melhores desse país.

R$ 1 500,00. World Wine, ☎ 3085-3055.

CHÂTEAU D’YQUEM 2001

Sedoso e tão reluzente quanto ouro, esse vinho de sobremesa da região francesa

de Sauternes seduz o olhar. A nobreza da cor dourada, quase âmbar, é obtida por meio de uvas botritizadas. Ou seja, atacadas por um fungo que as deixa feiosas, quase podres, mas concentradas em açúcar. A safra 2001 (R$ 5 950,00) está entre as mais desejadas. Não sem motivo. Obteve os 100 pontos máximos do crítico americano Robert Parker.

Cia. do Whisky, ☎ 5055-6000.

PORTO QUINTA DO NOVAL NACIONAL 1963

A safra 1963 para Portos Vintage é emblemática. Todas as companhias portuguesas com suas quintas ao longo do Rio Douro elaboraram grandes vinhos nesse ano. Mas a excelência da Noval surpreende. Tanto que muitas das garrafas remanescentes de seu 1963 são disputadas inclusive em leilões. Esses predicados fazem com que ele atinja a cifra de R$ 18 900,00, o mais caro dos apresentados nesta reportagem.

Grand Cru, ☎ 3062-6388.

 

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