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Almejado há décadas, túnel entre Guarujá e Santos pode sair do papel

Ministério da Infraestrutura condiciona construção de ramal a privatização de porto, o maior da América Latina

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 mar 2022, 18h08 - Publicado em 21 mar 2022, 18h08
Imagem área da baixada santista
Imagem área da Baixada Santista. (Prefeitura de Santos/Divulgação)
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Uma reivindicação feita há décadas por moradores do litoral paulista,, a ligação entre as cidades de Santos e Guarujá por meio de um túnel pode finalmente sair do papel com a privatização do Porto de Santos, o maior da América Latina e um dos maiores do mundo.

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Segundo apresentação feita pelo Ministério da Infraestrutura em um seminário na semana passada, o leilão que passará a administração do Porto de Santos para a iniciativa privada previsto para ocorrer neste ano, indica que parte do valor da outorga irá para um fundo cujos recursos serão reservados em um fundo para pagar a obra.

A outorga é o que valor pago por quem vence uma licitação ou leilão para poder ter o contrato de concessão. A estimativa do governo federal é que a concessão do porto traga investimentos da ordem de R$ 16 bilhões, além de aumento de volume operacional do terminal.

Os detalhes foram apresentados pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. “Como o porto tem muita potência financeira, ele comporta tranquilamente esse investimento”, disse Tarcísio no evento promovido pelo movimento “Vou de Túnel”, que reúne empresas, associações e engenheiros navais que lutam para que o ramal saia do papel.

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Engenheiro e militar, o carioca é o nome predileto do presidente Jair Bosonaro (PL) para disputar a vaga a ser deixada pelo governador João Doria (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes. Tarcisio tem acentuado sua agenda em São Paulo nos últimos meses, desde que começou a ser cotado para disputar o governo estadual, e inclusive anunciado bandeiras estaduais, tais como a ligação por trem até o aeroporto de Guarulhos.

A túnel entre as duas cidades nunca saiu do papel. O trajeto entre elas é feito por balsas. Além de ser uma obra muito cara, alguns técnicos defendem que uma ponte seria a melhor solução para fazer a travessia.

O projeto original foi desenvolvido pelo Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), controlada pelo governo estadual. O ramal teve sua licença prévia ambiental emitida há dez anos, em 2012, mas nada foi escavado até agora.

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A proposta prevê que a travessia tenha 1,7 km, com três pistas para veículos e ainda área para um VLT (veículo leve sobre trilhos), e faixas para pedestres e ciclistas.

Além de ser cara, em valores que podem superar os R$ 3 bilhões, a obra do túnel é complexa, já que passará embaixo do leito por onde passam os enormes navios com bandeiras internacionais que trazem cargas de outros países e atracam no porto.

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