Secovi recomenda manutenção de máscaras em prédios comerciais com clínicas
Em condomínios residenciais, exigência para uso em elevadores, que também são meios de transporte, fica a critério dos síndicos
A exigência do uso de máscaras, que deixou de valer na maior parte dos ambientes fechados conforme decreto do governador João Doria (PSDB), é recomendável para edifícios que abriguem consultórios médicos e clínicas, segundo o Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
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“Em condomínios comerciais, por exemplo, que têm clínicas e consultórios médicos, o mais adequado é manter a regra de utilização das máscaras em áreas de maior movimento”, afirmou Moira de Toledo, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do sindicato.
A manutenção do uso é indicada para espaços como hall, recepção, corredores e também elevadores, inclusive em prédios com atividades comerciais mistas além daquelas relacionadas à saúde.
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Pelo decreto, as máscaras permanecem obrigatórias em estabelecimentos de saúde e em transportes públicos, inclusive nas dependências comuns dos terminais, tais como salas de espera, plataforma e escadas rolantes. Na cidade de São Paulo ela também continua obrigatória em carros de aplicativo e táxis.
Academias, bares, restaurantes, supermercados e outros pontos do comércio podem exigir o dispositivo, já que o seu uso é opcional. A tendência, porém, é que todos liberem a entrada de pessoas sem máscaras nos estabelecimentos.
Apesar de ser considerado um meio de transporte, os elevadores não são citados na medida. Com isso, Moira afirma que no caso de condomínios residenciais essa decisão pode ser tomada individualmente.
“Na maioria dos condomínios residenciais, o uso da máscara em áreas comuns é opcional. É importante ressaltar que o condomínio não é uma ilha isolada em si mesmo; ao contrário, está dentro do contexto da cidade e à medida que as regras vão sendo alteradas, é natural que o condomínio acompanhe esse movimento, sempre com bom senso e transparência, informando os condôminos sobre a legislação e as regras internas vigentes”, afirma.
Especialistas ouvidos pela Vejinha indicam ser prematura a decisão de desobrigar o uso de máscaras. O médico infectologista Marcos Boulus, um dos mais renomados do país em sua área, diz que não houve tempo sequer de avaliar a liberação em locais abertos, medida em vigor desde o dia 9 deste mês.
“Ainda não houve tempo para a avaliação da liberação em locais abertos. Essa liberação é extemporânea e não segue critérios adequados”, afirmou Boulus.
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Segundo o epidemiologista Eliseu Alves Waldman, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, embora a circulação do SARS-CoV-2 esteja bem mais baixa neste mês de março, se comparada a janeiro e fevereiro últimos, seria mais prudente voltar às atividades habituais, mantendo todas medidas de segurança, inclusive a máscara. “Deveria ser mantido “Deveria ser mantido até termos certa segurança que entramos numa fase endêmica da Covid-19 e qual será o seu comportamento nessa nova fase”, diz.
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