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Rede Rubaiyat abre casa especializada em peixes

Espanhol Belarmino Iglesias investiu 4 milhões de reais em novo restaurante

Por Arnaldo Lorençato
Atualizado em 24 Maio 2023, 17h12 - Publicado em 18 set 2009, 20h35

Após trinta meses de obras, está tudo tinindo para a inauguração do Porto Rubaiyat, quarta casa do empresário espanhol Belarmino Iglesias em São Paulo. O restaurante de 1.000 metros quadrados, que consumiu um investimento de 4.milhões de reais pelos cálculos do restaurateur, abre as portas nesta segunda, dia 29, na Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, no Itaim Bibi. Diferentemente do que acontece nas outras unidades da rede Rubaiyat, aqui as carnes nobres viraram meras coadjuvantes. “Nosso forte serão os pescados trazidos das águas frias do Mar Cantábrico, ao norte da Espanha, como o bogavante, o linguado e a lubina”, explica Iglesias, dono também de um restaurante de nome idêntico em Madri. A nova casa, cujo projeto foi desenvolvido em parceria com o primogênito Belarmino Iglesias Filho, se juntará ao reduzido nicho de endereços paulistanos voltados ao preparo de peixes e frutos do mar, entre os quais estão o conceituado Amadeus, nos Jardins, o tradicional Mexilhão, na Bela Vista, e o caiçara Rufino’s, no Itaim Bibi.

 

No primeiro dia, os clientes do Porto Rubaiyat serão recebidos por um venenciador, nome dado ao especialista em servir jerez. O polvo à feira, clássico da culinária espanhola, fará papel de aperitivo. Para amenizar a espera, que os proprietários torcem para que seja grande, há um confortável bar com balcão de mármore branco recortado por uma champanheira de 4 metros de comprimento. Na lateral desse mesmo espaço, uma adega envidraçada abriga 2.600 garrafas – outras 2.500 repousam numa cave subterrânea. A seleção de mais de 1.000 rótulos de brancos, rosés, tintos e espumantes exibe o mesmo apuro dos outros restaurantes do grupo, premiados com o título de a melhor carta de vinhos por Veja São Paulo nos últimos dois anos e a melhor carne desde 1997. Esse serviço está sob o comando do sommelier Alex Sandro Sacramento Teodoro, que integra a equipe de sessenta funcionários. Cabe a Teodoro auxiliar na escolha da bebida, em particular de brancos, que variam do top italiano Gaja & Rey Langhe Chardonnay 2002 (645 reais) a exemplares de boa relação qualidade-preço, caso do espanhol Esencia Valdemar Viura 2004 (56 reais).

 

Ainda no bar, há três aquários, um deles destinado aos peixes de rio como pacu e pirarucu. Os outros dois são reservados às espécies marinhas, entre as quais robalo, vieira e lagosta. Existe ainda um quarto tanque no subsolo. “Teremos sempre uma grande quantidade de pescados vivos para valorizar o frescor dos pratos”, afirma Iglesias. Principais atrações, peixes e frutos do mar espanhóis desembarcam (resfriados, nunca congelados) três vezes por semana de avião. Custarão caro. Um prato desses ficará entre 106 e 205 reais. Duas preciosidades gastronômicas ibéricas – as angulas e os percebes – terão preços de arregalar os olhos. Consideradas o caviar espanhol, as angulas são filhotes de enguia cujo quilo sai por 700 euros. Uma porção de 100 gramas custará 258 reais no Porto Rubaiyat. Para provar os percebes, mariscos de aparência rara e sabor extraordinário, encontrados em rochas, os clientes terão de desembolsar 203 reais por 250 gramas.

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A preparação dos pratos em fornos a lenha, que atingem a temperatura de 600 graus, está nas mãos do potiguar Francisco Gameleira. Titular do Figueira Rubaiyat, o cozinheiro trabalhará inicialmente em conjunto com o consultor Benjamín Urdiain, ex-chef do Zalacaín, primeiro restaurante espanhol a receber três estrelas do Guia Michelin, em 1987. Ambos estão sob a orientação direta do médico José Carlos Iglesias, caçula de Belarmino e autor do recém-lançado Sabor & Saber, livro sobre gastronomia e saúde. “Minha preocupação é reunir receitas apetitosas e saudáveis”, diz Carlos. “Por isso, quase todos os pratos são grelhados ou assados.” Duas versões do caixote marinho e a paella feita com arroz valenciano, sucessos do Figueira Rubaiyat, também foram adicionadas ao cardápio. De cortes bovinos, comparecem apenas três opções do kobe tropical, carne de gado híbrido derivado do japonês wagyu.

 

Para apreciar essas sugestões elaboradas numa cozinha envidraçada, a clientela se acomodará em um salão com 240 lugares. No centro dele, ficam dois pandanos de vinte anos de idade, majestosas plantas ornamentais semelhantes a palmeiras. Sobre essas árvores, uma clarabóia de 90 metros quadrados inunda todos os cantos de luz natural. Completam a decoração fotos de paisagens espanholas clicadas por Valentino Fialdini e Bianca Cutait. “Queria reproduzir um pouco a atmosfera de refeição ao ar livre que temos no Figueira”, explica o arquiteto Fernando Iglesias, outro filho de Belarmino e autor do projeto. Agora, só falta o Porto Rubaiyat abrir as portas e dar início à nova festa do mar.

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