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Como não fazer feio na redação do Enem

Confira dicas para estudar e escrever melhor. A prova é no domingo, dia 25 de outubro

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h37 - Publicado em 16 set 2015, 16h49

Desde o ano passado, o Enem tem sido mais rigoroso na correção das redações. O resultado pode ser visto na quantidade de textos que obtiveram nota mil (pontuação máxima). “Do universo de mais de 5,5 milhões, apenas 250 tiveram a nota máxima”, diz Maria Aparecida Custódio, professora do laboratório de redação do colégio e cursinho Objetivo.

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Segundo ela, a mudança tenta desfazer a mancha no teste provocada por deslizes na correção. Redações com trechos de hinos de clubes de futebol e até receitas de macarrão instantâneo foram agraciados com a melhor nota.

O rigor agora exige mais dos alunos. Maria Aparecida dá dicas de como enfrentar uma das partes mais temidas pelos estudantes na avaliação. Confira abaixo:

Antes da prova

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– Leia jornais e revistas, incluindo editoriais. “Melhor ainda, copie mesmo os textos. A cópia faz o aluno criar repertório de argumentos e vocabulário, além de fixar os sinais de pontuação”, diz a professora.

– Um mês antes da prova, pratique o modelo de redação do Enem. Escreva no mínimo duas vezes por semana e peça para um especialista corrigir. Nada de pedir para familiares. “Eles sempre acharão o texto lindo”, explica. A ideia, de acordo com a professora, é que o aluno escreva um dia sim e um dia não.

– Leia os textos que receberam a nota máxima e analise os elementos que possuem em comum.

– Cronometre o tempo de cada redação: o ideal é conseguir escrever em quarenta minutos. Fazer em uma hora também é possível. Para praticar, cronometre pela primeira vez e então, tente diminuir cinco minutos do tempo a cada nova redação.

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Na hora da prova

Antes de começar o teste de matemática e linguagens, leia o tema da redação e os textos auxiliares. “Pode ser uma leitura breve e, em seguida, parta para a prova”, diz. Ao fazer isso, o tema já não será uma surpresa quando o aluno pegar esta parte da avaliação para escrever. “E, às vezes, ao ler outras questões, vem alguma ideia para o texto. E então, é só anotar no canto da prova para não esquecer”, diz.

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Os corretores recebem a prova escaneada, por isso, escreva de forma legível e forte.

O primeiro parágrafo deve conter já as palavras-chaves que serão usadas para discorrer os argumentos. “Desta forma, o corretor vai saber que o aluno não está enrolando.”

Ligações entre um parágrafo e outro. Use termos como “por um lado…” e “por ouro lado”, “um fator” e “outro fator”.

Não desconsidere os textos auxiliares. Eles devem ser lembrados dentro da redação.  Ao mesmo tempo, devem ser inseridos novos dados e informações de acordo com o repertório do aluno.

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Lembre-se da linguagem culta. Isso não significa ser rebuscado, e sim, claro de fácil compreensão. “O corretor não vai parar de corrigir o texto para procurar a palavra empregada no dicionário. Se ele não entendeu, ele vai desconsiderar.”

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Leitura jornal
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Isso vale também para teorias mirabolantes. Faça associações mais simples, sem grandes voltas. “Cada corretor tem 60 provas para corrigir em um dia. Este número pode alcançar 180, por isso, quanto mais claro for para ele, melhor para a nota.”

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Cometa erros diferentes. O primeiro de um mesmo tipo, como pontuação, não é descontado. O aluno passa a perder pontos do segundo em diante e de acordo com a gravidade.

Parágrafo final: a conclusão. O que o Enem pede é que o aluno demonstre que é ativo na sociedade. “É bom que ele mostre soluções plausíveis para o problema”, diz. E todo agente apontado deve ser descrito detalhadamente o seu papel. Por exemplo, a família, o governo, os professores, a escola e como cada um deles pode auxiliar na conclusão do tema.

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O que não é permitido nas redações do Enem:

– Preconceito e intolerância. O respeito aos direitos humanos é exigido sempre. Homofobia, xenofobia, racismo, entre outros não são tolerados em hipótese alguma.

– Caso o tema seja religião, o aluno não deve impor a própria crença no texto. Mantenha a posição neutra.

– Minimizar problemas não é interessante. “Falar que o bullying, por exemplo, não faz mal é uma falha grave”, diz ela.

– Haja com elegância, não cite nomes e não levante bandeiras ou julgue uma situação. O importante é saber expor de forma clara e sem ofender a ninguém.

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