Quanto custa estudar nas melhores escolas da capital?
Colégios paulistanos com as melhores notas no Exame Nacional do Ensino Médio em 2014 cobram entre 1 495 reais e 4 180 reais de mensalidade
Frequentar as escolas mais bem pontuadas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) da capital custa entre 1 495 reais e 4 180 reais por mês, segundo levantamento exclusivo de VEJA SÃO PAULO. Os preços, referentes ao terceiro ano do ensino médio, são dos doze colégios da cidade com as melhores notas na avaliação. Essas instituições são as únicas paulistanas entre as 100 melhores do país.
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Os resultados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) na última quarta (5). A relação contemplou 15 640 escolas (com pelo menos dez alunos), que reúnem 1 295 954 estudantes participantes do Enem em 2014.
O Vértice, no Campo Belo, que ocupa a segunda posição com 710,99 pontos nas quatro provas objetivas do exame, tem a mensalidade mais salgada, de 4 180 reais. O valor inclui material didático, aulas em período integral, disciplinas eletivas e orientação vocacional.
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Paga-se a menor cifra, 1 495 reais, para cursar o terceiro ano no Agostiniano Mendel, no Tatuapé. A escola aparece em sétimo com 670,6 pontos. A grade currícular é composta de catorze matérias e os alunos são divididos em sete turmas de 37 pessoas.
Pelo sexto ano consecutivo, o Objetivo Colégio Integrado, na Avenida Paulista, aparece no topo da lista, com nota média de 742,96. Essa unidade de elite da rede de ensino, que apresenta apenas uma sala de 42 estudantes, custa 2 383,46 reais por mês.
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Fundado em 2009, diferencia-se das demais filiais pelo tamanho e também por operar em regime integral. “O pré-requisito para estudar aqui é a dedicação muito maior aos estudos”, diz o coordenador Eduardo Figueiredo.
O INEP se manifesta contrário à comparação entre escolas com características muito diferentes, metodologia que acredita produzir “um quadro distorcido da realidade educacional brasileira”, e não divulga um ranking dos colégios.
A pontuação de cada instituição foi calculada pela reportagem com base nas médias de desempenho dos alunos de cada unidade escolar em quatro áreas de conhecimento (linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza). A nota em redação não foi considerada nessa conta.
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O Ministério da Educação afirma que os resultados devem ser avaliados com algumas ponderações, já que muitas instituições de ensino são de pequeno porte. Mauro de Salles Aguiar, diretor-presidente do Colégio Bandeirantes, quinto colocado na capital, faz ressalvas ao ranking. “É lamentável que se crie escolas menores dentro de escolas grandes para conseguir melhores notas no exame”, diz o docente, que coordena cerca de 500 jovens no último período do ensino médio.
Novos indicadores permitem analisar o desempenho dos colégios com mais precisão. É o caso do índice permanência, que mostra se o estudante cursou o ensino médio completo no mesmo estabelecimento ou entrou apenas no terceiro ano. Outro lançamento é a inclusão das taxas de rendimento (aprovação, reprovação e abandono do ano letivo).