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Preço do m² em bairros de SP começa a retornar ao patamar pré-pandemia

Enquanto isso, moradores da Zona Sul, no Morumbi, por exemplo, pagam mais caro pelo condomínio do que pelo aluguel

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h35 - Publicado em 10 set 2021, 06h00
Vista aérea da Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira, localizada no bairro do Brooklyn na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. A ponte atravessa o rio Pinheiros e é única no mundo, com duas trilhas curvas conectadas ao mesmo mastro.
Nova Lei de Zoneamento: aprovação de 46 dos 55 vereadores (Lelia Valduga/Getty Images)
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Três em cada dez bairros da cidade já recuperaram o patamar de preços do metro quadrado para aluguel de imóveis residenciais registrado antes da pandemia. Quedas de quase 20% ocorreram em meses como julho de 2020. Os dados são do QuintoAndar, que monitora os valores em 61 bairros e comparou a média de preços registrada nos três primeiros meses de 2020 com maio, junho e julho de 2021.

Entre as localidades que já voltaram ao nível anterior e estão até mesmo mais caras estão Vila Carrão (de 23,3 para 27,9 reais o metro quadrado), Freguesia do Ó (22,2 reais para 25,4 reais), Água Fria (21,5 reais para 24,2 reais) e Santana (28,2 reais para 30,4 reais).

Curiosamente, o índice tem demorado a reaquecer nos bairros que costumam ter maior demanda na busca por imóveis. “O que está mais longe da recuperação é a Vila Olímpia, com o metro quadrado cerca de 18,5% menor do que estava antes da pandemia, e logo depois vem Pinheiros, com 8% menos do que era”, explica o head de comunicação do QuintoAndar, José Osse.

“Provavelmente, você tem muita gente pedindo negociação para que os valores baixos se sustentem por mais tempo. Mas em algum momento os proprietários vão diminuir o apetite em dar descontos”, explica. Vila Olímpia é o bairro com o metro quadrado mais caro da cidade para aluguel, na casa dos 54 reais, registrado em julho deste ano, e Pinheiros, 46,9 reais, segundo o QuintoAndar, com base nos contratos efetivamente fechados.

Do outro lado da moeda, um fenômeno mais comum no mercado de luxo ganhou um pouco mais de força na pandemia: os apartamentos em que o valor do condomínio e o do IPTU correspondem a até 80% do aluguel final. No Real Parque, na Zona Sul, condomínio e imposto chegam a equivaler a 82% do valor pago mensalmente, ficando na mesma faixa em imóveis no Portal do Morumbi, Panamby e Morumbi. “Você tem uma série de serviços, piscina aquecida, salões de festa, que elevam o custo do condomínio. Existe uma concentração maior desses imóveis na Zona Sul, mas isso acontece pontualmente em todas as regiões”, explica Osse.

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Na capital como um todo, taxa condominial e IPTU costumam corresponder a 35% do aluguel. “Com a pandemia vimos mais casos, mas nada extremamente significativo (de aumento). O proprietário coloca um valor menor no aluguel em si porque é a variável que ele controla. Vale mais a pena oferecer um aluguel baixo, para que o inquilino absorva o custo dele com condomínio e IPTU.”

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Publicado em VEJA São Paulo de 15 de setembro de 2021, edição nº 2755

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