Quatro pessoas são detidas em ato contra aumento de tarifa

O ato foi organizado pelo Movimento Passe Livre

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 24 jan 2018, 10h24 - Publicado em 24 jan 2018, 08h54
Protesto contra o aumento no valor da tarifa do transporte público, organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), em São Paulo,, nesta terça (23) (Pedro Lima / Futura Press / Estadão Conteúdo/)
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A Polícia Militar deteve quatro manifestantes, três homens e uma mulher, que estavam na concentração do terceiro ato contra o aumento das tarifas de transporte em São Paulo, na Avenida São João, centro da capital paulista. O ato é organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL). Segundo o major José Luiz Gonçalves disse à reportagem, o grupo foi revistado e, com eles, “encontrado material inflamável”: um martelo, uma garrafa de álcool e spray de tinta. O grupo foi encaminhado ao 3° Distrito Policial.

A Polícia Militar também impediu a saída dos manifestantes. Eles pretendiam subir a rua da Consolação até a Avenida Paulista. O motivo, segundo a corporação, foi evitar que dois atos aconteçam ao mesmo tempo, já que a Paulista abrigará um ato de vigília do Movimento Brasil Livre (MBL). Segundo a PM, o grupo havia avisado do ato previamente, diferentemente do MPL. A Polícia Militar apresentou outro motivo para impedir a saída dos manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) do ato contra o aumento da passagem. Eles portavam bandeiras feitas de canos de PVC. Para o comando da corporação, o material poderia ser usado pelo grupo como arma.

Este é o terceiro protesto contra o aumento da tarifa de ônibus na capital paulista, que subiu de 3,80 reais para 4 reais neste ano. A concentração do ato foi centrada no cruzamento entre as avenidas São João e Ipiranga. Até o final da tarde desta terça-feira (23), mais de 750 pessoas haviam confirmado presença no evento no Facebook.

O primeiro protesto do movimento, no dia 11, acabou em tumulto no centro da capital paulista. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar um grupo que tentava invadir a Estação Brás da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para pular a catraca, após o término do ato.

No segundo ato, no dia 17, houve confusão e vandalismo na região do Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da capital. Ao menos cinco pessoas foram detidas. Um grupo de manifestantes usou lixo para montar uma barricada e bloquear vias. Em seguida, depredou uma agência bancária e abrigos de ônibus e caminhou pela rua Pais Leme em direção ao Terminal Pinheiros. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

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