Moradores de Paraisópolis organizam ato contra ação policial

Protesto será na quarta (3) para relembrar os nove jovens que morreram

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 14 fev 2020, 15h49 - Publicado em 3 dez 2019, 18h13

Imagem aérea mostra Paraisópolis — Vista aérea de Paraisópolis: promessa de aluguel social (Bruno Niz/Veja SP)

Os moradores da favela de Paraisópolis, na Zona Sul da capital, irão realizar um novo protesto contra a operação da Polícia Militar que resultou em 9 mortes no último final de semana. O ato ocorre na quarta-feira (4).

Na noite de domingo (1), uma manifestação realizada na região pedia apuração dos episódios de violência policial que foram registrados em vídeos que circulam nas redes sociais. O novo protesto ocorrerá às 17h e começa na esquina da Rua Rundolf Lotze com a Rua Ernest Renan, na Vila Andrade.

“Pedimos o apoio de todos que puderem comparecer à caminhada pacífica”, diz o texto divulgado no evento do Facebook. “O que ocorreu neste fim de semana não pode acontecer mais”, afirma a nota em evento do Facebook.

Relembre a tragédia

A ação policial que ocorreu em Paraisópolis, na Zona Sul, de São Paulo, terminou com nove pessoas mortas na madrugada de domingo. De acordo com ocorrência registrada no 89º DP, os agentes policiais chegaram até o local perseguindo uma moto com dois homens que efetuaram disparos de arma de fogo em direção aos PMs e, na sequência, entraram na área da comunidade onde ocorria o baile.

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Estavam ali cerca de 5 000 pessoas. De acordo com relato dos policiais, eles foram recebidos com arremesso de objetos, utilizaram munições químicas para dispersar o público e, no meio da confusão, alguém disparou um tiro.

No corre-corre, muitas pessoas foram pisoteadas. Dez vítimas foram levadas em estado grave ao Pronto Socorro do Campo Limpo – nove pessoas morreram.