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Fúria em duas rodas

A Panigale 1199, a superesportiva mais leve da história da Ducatti, atinge 300 quilômetros por hora

Por Adriana Marmo, de Bolonha
Atualizado em 1 jun 2017, 18h13 - Publicado em 14 jun 2012, 00h11

Os ducatistas, como são chamados os apaixonados pelas motos produzidas pela italiana Ducati, andavam cabisbaixos. Havia tempos a empresa, que tem sede em Bolonha, não colocava no mercado um modelo capaz de deixá-la entre as melhores fabricantes de superesportivas. Os bons ventos voltaram a soprar ao som do ronco da Panigale 1199, uma supermoto que consegue paralisar a respiração dos que adoram velocidade. Ela deve conquistar as ruas de São Paulo no segundo semestre deste ano, quando será vendida por até 90 000 reais.

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A Panigale 1199, cujo nome homenageia o bairro Borgo Panigale, onde a fábrica está instalada, é mais compacta, leve e, por isso, mais veloz que suas antecessoras e concorrentes. Seu motor é o já conhecido Ducati, com dois cilindros em L e válvulas com acionamento desmodrômico, um clássico das motos italianas. O sistema usa varetas ligadas diretamente às válvulas, sem molas, o que evita que elas flutuem em rotações elevadas. São 195 cavalos de potência. A mistura de força com pouco peso é algo devastador e faz o velocímetro de duas rodas marcar incríveis 300 quilômetros por hora. “A Panigale é a moto de dois cilindros mais poderosa da história da marca”, afirma Claudio Domenicali, diretor-geral da Ducati.

Com tanta velocidade, segurança é uma questão fundamental. Os freios com pinças Brembo de pistão duplo e ABS foram desenvolvidos especialmente para a supermoto. Segundo os fabricantes, conseguem levá-la dos 270 aos 80 quilômetros por hora em poucos metros. Há três modos de condução: o sport (passeio), o race (para altíssimas velocidades) e o wet (para os dias de chuva).

Mas o que mais emociona os apaixonados pela Ducati é o seu design. Trata-se da única marca que mantém fiéis as características dos modelos de corrida também em suas motos de cidade. Diz a lenda que alguns aficionados já compraram modelos apenas para deixá-los expostos na sala. Há quem afirme que uma Ducati é capaz de promover as maiores rusgas de família. “É que as Ducati não são feitas exatamente para levar alguém na garupa”, conta Lucio Attiná, diretor responsável pelos licenciamentos mundiais da grife. Até existem versões para passageiros, mas, de acordo com ele, o prazer de guiar uma Ducati é mesmo o de dirigir sozinho, como um piloto de corrida. “Então, imagine quando o marido ou a mulher decide comprar uma. É briga na certa.” Angelina Jolie não pensa assim. No dia em que Brad Pitt fez 45 anos, a atriz presentou o marido com uma Monster 1100S, um dos modelos de linha da montadora italiana, que acaba de ser vendida para a alemã Audi. A Ducati planeja abrir uma fábrica para montagem de suas motos em Manaus.

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rádio ducati
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Apesar de toda a sua tradição sob duas rodas, a história da Ducati é bem diferente daquela das vizinhas Lamborghini e Ferrari. A empresa não nasceu construindo motos, mas componentes eletrônicos para rádio e os primeiros barbeadores elétricos. As motos entraram na sua história no fim dos anos 1940. Na ocasião, a Itália estava devastada pelos efeitos da II Guerra, e os italianos tinham na bicicleta seu único meio de transporte para procurar emprego. Foi quando a Ducati desenvolveu o Cucciolo, um pequeno motor que era acoplado às bicicletas. Além de econômico e barato, possibilitava ao ciclista rodar até 100 quilômetros com 1 litro de gasolina. Tornou-se um sucesso. E aí vieram as motos de corrida, e, para virarem objeto de desejo, foi um pulo. Ou melhor, uma acelerada.

 

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