O Catarina, ambiente com gostinho de praia
Com um estilo genuíno de boteco, ele serve peixes e frutos do mar como se estivesse à beira-mar
Além da simplicidade habitual e de servirem petiscos de sabor caseiro, os verdadeiros botequins têm quase sempre a presença de um dono dedicado atrás do balcão. No caso de O Catarina, em Perdizes, não só essa regra se aplica como o proprietário ainda batizou a casa com o seu apelido.
Criado na Praia de Canasvieiras, em Florianópolis, o simpático Renato Silvy Andrade veio morar em São Paulo em 2007 junto com a mulher, uma paulistana. Ex-pescador, a exemplo do pai e do avô, esse manezinho da ilha sentia saudade de lugares para comer peixes e frutos do mar como se estivesse num quiosque à beira-mar. Decidiu então criar um boteco de cardápio praiano. Instalou-se no ano passado num pequenino imóvel na Rua Ministro Ferreira Alves, perto da esquina com a Rua Caraíbas. Uma foto da Ponte Hercílio Luz, cartão-postal da capital catarinense, destaca-se no salão de estrutura um tanto precária. Como o espaço interno é exíguo, as poucas mesas, cobertas por toalhas de chita, ficam todas espalhadas pela calçada.
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Sentado numa banqueta à porta, Catarina monitora o movimento, atende aos pedidos e puxa conversa com os clientes. Ele mesmo abre as fresquíssimas ostras, que chegam de avião de sua cidade natal duas vezes por semana, às terças e sextas. Custam R$ 38,00 a dúzia e R$ 22,00 seis unidades. Também da capital catarinense vem a casquinha de siri (R$ 7,00), servida no casco do siri.
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Por outro lado, decepcionam os mariscos na casca cozidos no bafo (R$ 20,00), sem tempero. Entre os pratos, vale provar o cremoso arroz com camarão (R$ 47,00, para dois; R$ 26,00 a meia porção), valorizado por uma boa quantidade do crustáceo. Para bebericar, a maioria do público vai de cerveja, acompanhada de copos americanos. Um único freezer encarrega-se de gelar as três marcas disponíveis: Brahma (R$ 5,80), Original e Serramalte (R$ 6,90 cada uma). Há ainda uma aguardente artesanal trazida de Luiz Alves (R$ 3,00 a dose), município do Vale do Itajaí conhecido como a capital da cachaça em Santa Catarina.
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