Promotoria deve apurar ofensas de ex-assessora de Anielle a são-paulinos

Ministério Público de São Paulo recebeu representação após Marcelle Decothé chamar torcida de "descendente de europeu safade"

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 29 set 2023, 20h05 - Publicado em 29 set 2023, 18h06

O Ministério Público do Estado de São Paulo deve investigar criminalmente a ex-assessora do Ministério da Igualdade Racial Marcelle Decothé da Silva, que foi exonerada na terça-feira (26) após ter publicado ofensas contra a torcida do São Paulo em suas redes sociais.

Segundo o MPSP, a representação foi recebida nesta quinta-feira (28) e está em fase de análise. Com isso, a procuradoria ainda deve analisar o caso e tipificar, adequando ao crime que Marcelle supostamente teria cometido.

O caso aconteceu no último domingo (24), durante a partida decisiva da Copa do Brasil disputada pelo São Paulo e Flamengo, quando Marcelle Decothé publicou no Instagram uma foto dos torcedores são-paulinos e escreveu: “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade… Pior, tudo de pauliste.”

Na ocasião, a ex-assessora, juntamente com a ministra Anielle Franco, estavam no estádio Cícero Pompeu de Toledo, no Morumbi, acompanhando a assinatura de um protocolo do governo federal para combate ao racismo no esporte.

A situação gerou reação por parte de parlamentares da oposição. O deputado-federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) também protocolou uma denúncia contra a ex-assessora do MIR por suposta ‘discriminação por cor e procedência nacional’, como consta no documento.

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Na terça, a pasta exonerou Marcelle Decothé da Silva afirmando que a conduta dela está “em evidente desacordo com as políticas e objetivos do MIR”.