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Dupla arrecada doações por meio de compras realizadas no varejo

Ari Weinfeld e Nina Valentini criaram o Movimento Arredondar, onde o cliente pode "inteirar" valor da compra e doar diferença para ONGs

Por Felipe Neves
Atualizado em 5 dez 2016, 12h38 - Publicado em 2 abr 2015, 21h08

Para o economista Ari Weinfeld e a administradora pública Nina Valentini, o brasileiro gosta de doar, só não sabe como fazer isso. Com o objetivo de facilitar a boa ação dos generosos naturalmente dispostos a pôr a mão no bolso, os dois criaram, no começo do ano passado, o Movimento Arredondar. A iniciativa tem funcionamento curioso. A cada compra no varejo em que o preço resulta em números quebrados, como 38,76 reais, o consumidor recebe uma proposta para “inteirar” o valor (no caso, por exemplo, até 39 reais). 

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Esses trocados a mais são encaminhados a ONGs inscritas no projeto – em farmácias e supermercados, a média de doações por compra gira em torno de 42 centavos. Vinte redes, como o restaurante Spoleto e as grifes Marisol e Track&Field, permitem que suas contas sejam arredondadas em prol da caridade. Em operação há onze meses, a iniciativa angariou cerca de 70 000 reais. Esse montante foi repassadoa organizações como o Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), que no ano passado plantou 744 árvores com recursos disponibilizados por clientes da loja de roupas Luigi Bertolli.

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Os critérios de seleção das ONGs beneficiadas são rígidos. É preciso se inscrever em um edital público que exige a ausência de mantenedores fixos, conexões partidárias ou ligações religiosas. Uma equipe técnica também analisa a gestão interna para assegurar a lisura das contas. Depois de a instituição ser aprovada, há regras para receber os recursos: as transferências não podem ser superiores a 150 000 reais nem ultrapassar um teto máximo de 10% do total gasto pela própria organização no ano anterior. 

Com seis pessoas trabalhando em uma sede no bairro de Pinheiros, o Arredondar se mantém com as mesmas doações: retira 10% do valor arrecadado para bancar os custos internos. O objetivo é amealhar 6 milhões de reais por ano até 2016 com o projeto. “É ótimo ser a ponte entre quem deseja contribuir e quem precisa receber”, afirma Weinfeld. “Democratizar a filantropia é um anseio de todos, é impossível não dar certo.”

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