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Publicitária promove oficinas educativas para crianças com câncer

Simone Mozzilli cria instituição que explica as causas e os efeitos da doença

Por Felipe Neves
Atualizado em 5 dez 2016, 12h42 - Publicado em 14 mar 2015, 00h00

Em 2011, a publicitária Simone Mozzilli recebeu o diagnóstico que mudaria sua vida: um câncer desenvolvia-se em estágio avançado no abdômen. “A situação era grave, minha chance de sobreviver girava em torno de 20%, e eu me desesperei”, lembra. Na época, ela já realizava trabalhos voluntários visitando crianças portadoras da doença. Não abandonou a missão nem enquanto enfrentava sessões de quimioterapia. À medida que passou a conviver mais com os menores, notou que muitos atravessavam essa dura fase sem saber direito o que estava se passando com eles. Isso incluía explicações sobre etapas básicas da recuperação ou mesmo a respeito das causas e efeitos do tumor. “Percebi que as brincadeiras com palhaços eram ótimas para tirar o foco do universo do hospital, mas o problema continuava existindo”, afirma. “As crianças tinham queixas sobre aspectos que envolviam o tratamento, e isso precisava ser discutido de forma mais clara.” Foi assim que Simone teve a ideia de fundar uma instituição direcionada a explicar essas questões aos pacientes.

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Com um ano de atuação e quarenta membros, a ONG Beaba promove oficinas educativas no Hospital A.C. Camargo, na Liberdade. Uma cartilha com 150 termos recorrentes no tratamento oncológico também está em produção. Cada verbete, ilustrado, é acompanhado de um pequeno texto de fácil interpretação. O objetivo é elucidar as principais dúvidas infantis, quase sempre mais fantasiosas que as adultas. “Um menino de 5 anos, por exemplo, ficou bravo porque queria um cateter igual ao de um amiguinho”, diz Simone. “Expliquei que os casos eram diferentes, e ele se acalmou.” Além de aceitarem melhor os procedimentos, as crianças se tornam mais otimistas. “Uma menina de 9 anos passou a pedir para não ser mais tratada como coitadinha.” Com a própria doença em estado de remissão — quando somem os sinais, mas não há certeza de cura —, Simone confessa sentir medo. Só que não desanima. “Poderia ficar triste em casa ou vir diminuir a tristeza de outros: prefiro a segunda opção.”

 

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