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Manifestantes jantam e passam a noite no plenário da Câmara

O grupo protesta contra os projetos de concessão e privatização de serviços e equipamentos públicos encaminhados pela gestão Doria

Por Estadão Conteúdo
10 ago 2017, 15h10
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  • Os manifestantes que ocuparam o plenário da Câmara Municipal de São Paulo na tarde desta quarta-feira (9) passaram a noite no local após terem lanchado e jantado pizza com refrigerante. A noite foi tranquila, segundo informações da presidência da Casa.

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    O grupo, com cerca de setenta estudantes e manifestantes ligados a partidos de esquerda, protesta contra os projetos de concessão e privatização de serviços e equipamentos públicos encaminhados pela gestão do prefeito João Doria (PSDB).

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    Eles entraram no plenário por volta das 13h desta quarta. À noite, a Procuradoria do Legislativo entrou na Justiça com um pedido de reintegração de posse do plenário. A expectativa é que a decisão saia até o início da tarde desta quinta-feira (10).

    Entre os movimentos que participam da manifestação estão a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento Pela Cultura, o Levante Popular da Juventude, o Fora do Eixo e a Unidade Popular Socialista, conforme informações da presidência.

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    Segundo informações da assessoria da Câmara, o presidente da Casa, vereador Milton Leite (DEM), aliado de Doria, dormiu na presidência. Já a vereadora Juliana Cardoso (PT) optou por passar a noite junto dos manifestantes no plenário.

    Após terem água e comida negados pelo presidente da Câmara, acabou sendo liberada a entrada até meia-noite, e os estudantes receberam duzentos pães com manteiga. A permissão, porém, foi fruto de negociação.

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    Em troca da comida e da água, além da liberação para uso do banheiro – solicitações feitas dos manifestantes -, Leite pediu que cinco adolescentes que estavam no plenário saíssem, de acordo com a presidência da Casa. Os jovens deixaram o local por volta de meia-noite.

    Com o apoio de vereadores do PT e PSOL, que fazem oposição a Doria, os manifestantes reivindicam a suspensão imediata dos projetos de lei que definem a concessão de parques, mercados, bilhete único e do estádio do Pacaembu à iniciativa privada. Os projetos já foram aprovados em primeira votação pela Câmara e devem ser votados em definitivo até setembro, segundo estimativa de aliados do prefeito.

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    O grupo também pede a realização de 32 audiências públicas para discutir os projetos de concessão (uma para cada prefeitura regional), além da realização de um plebiscito, para consultar a população da capital se a maioria é a favor ou contra os projetos de desestatização.

    A proposta de plebiscito foi feita pela vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), ex-secretária de Direitos Humanos da gestão Doria, e está parada na Câmara.

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    Os manifestantes também reivindicam a revogação das alterações no passe-livre estudantil, que restringiu os horários de uso do bilhete que dá descontos nas passagens de ônibus aos estudantes da capital.

    Por volta das 19h desta quarta, os estudantes e membros de movimentos sociais e partidos políticos organizaram uma espécie de coletiva de imprensa. Uma carta contra “a venda de São Paulo” foi lida pelos manifestantes.

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    Vereadores como Eduardo Suplicy (PT) e Juliana Cardoso (PT), além do Padre Júlio Lancelotti, entraram no plenário para facilitar as negociações entre manifestantes e a presidência da Câmara. Na noite desta quarta, cinco viaturas da
    Polícia Militar estavam do lado de fora da Casa, mas o clima era tranquilo.

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