Mancha de poluição no Tietê recua 7 quilômetros, diz ONG
Estudo foi divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica; mancha de poluição agora tem 130 quilômetros de extensão
Estudo divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica na última semana aponta uma diminuição de 7 quilômetros no trecho considerado morto no Rio Tietê. Segundo a organização, a mancha de poluição agora tem 130 quilômetros de extensão. Essa avaliação foi feita entre setembro de 2016 e agosto de 2017.
O recuo se deve ao aumento do trecho com qualidade de água boa e regular entre Salesópolis e Itaquaquecetuba, na região hidrográfica Tietê Cabeceiras.
Segundo a ONG, a mancha de poluição está localizada entre os municípios de Itaquaquecetuba e Cabreúva e representa hoje 22,5% do trecho monitorado de 576 quilômetros do rio, da nascente em Salesópolis até Barra Bonita.
“Poderia ter sido melhor”, disse Malu Ribeiro, especialista em Água da Fundação SOS Mata Atlântica. “A nossa expectativa era de voltar ao que a gente tinha antes da crise hídrica, que [a mancha] chegou a 71 quilômetros”, disse.
Segundo Malu, esse foi o menor tamanho registrado. Já em 2015, a mancha chegou aos 154,7 quilômetros.
O estudo também mostra que apenas três (2,2%) dos 137 pontos de coleta de água analisados apresentam qualidade de água boa. Outros 81 pontos (59,1%) estão em situação regular e 53 (38,7%) em situação ruim ou péssima – contaminados e indisponíveis para usos múltiplos, como abastecimento público e produção de alimentos.
As coletas são realizadas por grupos voluntários do projeto que, mensalmente, monitoram a qualidade da água de centenas de rios da Bacia do Tietê, por meio de kits fornecidos pela ONG em parceria com a Ypê e a Coca-Cola Brasil.