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Lúcifer, o detento que se orgulha de ter matado 48 inimigos na prisão

Marcos Paulo da Silva é diagnosticado com psicose e ganhou o apelido depois de tatuar a frase "Lúcifer, meu protetor"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 17h18 - Publicado em 22 out 2020, 11h20
 (Reprodução/Veja SP)
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Marcos Paulo da Silva, 42 anos, é conhecido como Lúcifer no sistema prisional. Diagnosticado com psicose, o preso se orgulha de dizer que matou 48 pessoas. Ele ganhou o apelido após tatuar no corpo a frase “Lúcifer meu protetor”. O detento também marcou no seu corpo outras imagens como tridentes, demônios, caveiras e uma suástica, símbolo nazista.

Além dos assassinatos, Marcos Silva também é responsável pela fundação da “Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho”, uma das nove facções criminosas violentas criadas no sistema carcerário de São Paulo. As informações são de Josmar Jozino, colunista do UOL. 

Segundo a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária, SAP, Lúcifer é condenado a 217 anos e três meses de reclusão. No total, foi acusado por seis homicídios e por ter ordenado matarem dois presos. Ele foi detido em 1995 devido a roubo e furto. Sua pena se alongou devido as infrações cometidas dentro da prisão. 

De acordo com a reportagem de Jozino, a “Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho” tem como objetivo matar os inimigos, principalmente do PCC (Primeiro Comando da Capital). Depois dos assassinatos, uma das normas do estatuto redigido pelo próprio fundador é escrever com sangue dos mortos “Cerol Fininho” nas paredes das celas e pátios.

Em 2017, o PCC chegou a tentar contratá-lo para realizar uma execução. A informação sobre o plano estava na Operação Echelon, do Ministério Público de São Paulo.

O alvo era José Roberto Fernandes Barbosa, chefe da FDN (Família do Norte) que atuou no “Massacre de Manaus”, quando 56 presos foram mortos (26 deles eram do PCC). 

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Bilhete PCC
(Reprodução/Veja SP)

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Histórico com PCC

Aos 19 anos, um ano depois de entrar na prisão, Marcos Silva entrou para o PCC. Ele decidiu deixar a organização em 2008 porque ela “passou a visar apenas o capitalismo, o lucro e abandonou a luta em prol da população carcerária”. 

Em declarações à Justiça, ele afirmou que era usado para exterminar presos. “Mas não me arrependo de matar aquelas pessoas porque a luta era justa. Havia muitos estupradores e ladrões que roubavam presos dentro da cadeia”. Nesse mesmo depoimento, disse ao juiz ter matado 48 presos. 

Viajando por presídios

Lúcifer passou seus primeiros anos preso na Penitenciária de Serra Azul, em São Paulo. Em setembro de 2011, assassinou cinco pessoas e, quatro anos depois, ordenou a morte de mais dois presos na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau (SP). 

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Em 2015, a SAP pediu a remoção de Marcos Silva para um presídio federal. Ele passou por Porto Velho, Campo Grande e Catanduvas (PR). No último, ele se mutilou em diversos lugares, cortando braços, pernas e a barriga. O preso precisou ficar algemado à maca para receber cuidados médicos.

Em janeiro de 2018, ele foi encaminhado de volta para São Paulo. No entanto, acabou retornando a Catanduvas no mesmo ano, em novembro. 

Psicólogos do seu presídio atual atestaram que Marcos Silva tem transtorno de personalidade, psicose e precisa de tratamento de uma equipe multiprofissional especializada. Porém, as unidades federais não possuem a estrutura necessária para atendê-lo.

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