Morre Kaká Di Polly, drag queen icônica de São Paulo

A artista sofreu uma parada cardíaca nesta segunda-feira (23); confira sua entrevista para a Vejinha de junho de 2022

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
24 jan 2023, 14h08

Imagem mostra pessoa com chapéu e roupa azuis, segurando foto. Ela está maquiada, coma boca a berta, fazendo careta. — A drag queen Kaká Di Polly: figurino e sua foto na primeira Parada LGBT de São Paulo, em 1997. (Leo Martins/Veja SP)

Ícone do ativismo LGBT de São Paulo, a drag queen Kaká Di Polly morreu nesta segunda-feira (23), aos 65 anos. Internada desde o dia 19 por uma dor lombar, teve uma parada cardíaca após um exame de rotina.

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Di Polly foi uma das figuras mais importantes da primeira Parada do Orgulho LGBT da cidade, em 1997, quando fingiu desmaio na Avenida Paulista para impedir que a polícia bloqueasse o acesso dos ativistas a uma das faixas da via.

Imagem mostr pessoa com maquiagem e roupa azul sentada em cadeira — Kaká em sua casa, no Ipiranga: figurino especial para a Parada de 2022. (Leo Martins/Veja SP)

“Me joguei no chão no meio das faixas da Paulista. Logo, já fizeram um isolamento e, enquanto isso, pegaram o carro e o botaram para andar”, contou a drag queen em entrevista à Vejinha de junho de 2022, por razão dos 25 anos daquela primeira edição.

Sem papas na língua, criticou a edição virtual da Parada LGBT, de 2020, que não convidou as drags veteranas da cidade, que costumam participar anualmente. “Achei aquilo um absurdo. Você fazer parte da história, estar viva e não ser lembrada para falar dois minutos justamente por pessoas que estão à frente desse movimento”, declarou na entrevista.

No último desfile, voltou a participar, com figurino feito a mão, no tradicional trio Artistas da Noite, liderado pela drag Salete Campari.

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O velório da artista acontecerá no Cemitério Vila Mariana nesta quarta-feira (25), das 8h às 12h.

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