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Ilha das Cabras volta a se tornar área pública e sediará museu

Área tinha sido transformada em imóvel de praia de ex-senador e foi alvo de batalha judicial que se estendeu por 30 anos

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
26 ago 2022, 19h09
O local possuía uma grande casa e veraneio, piscina, garagem para jet-ski, heliporto, mureta de proteção e uma praia artificial, todos construídos de forma irregular
O local possuía uma grande casa e veraneio, piscina, garagem para jet-ski, heliporto, mureta de proteção e uma praia artificial, todos construídos de forma irregular (@Dicasdeilhabelaoficial/Redes Sociais/Reprodução)
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A Ilha das Cabras, localizada em Ilhabela, será a sede do Museu de História, Cultura e Antropologia do Litoral Norte. O anúncio foi feito pelo MPF-SP (Ministério Público Federal em São Paulo) e dá fim a uma batalha judicial que se arrastou por mais de 30 anos.

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A área era ocupada pela Bougainville Participações e Representações, e, na prática, o local era usado como casa de praia do ex-senador Gilberto Miranda, proprietário da empresa. No local ele construiu obras sem autorização dos órgãos competentes. O local possuía uma grande casa de veraneio, piscina, garagem para jet-ski, heliporto, mureta de proteção e uma praia artificial.

A ocupação da ilha constava nos registros da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), ligada ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. O trabalho do MPF foi o de cancelar a inscrição. Já os integrantes do grupo especializado em defesa do meio ambiente do Ministério Público Estadual anexaram laudos que comprovaram os danos ambientais provocados pelas obras irregulares. O ex-senador tentou, sem sucesso, recorrer à Justiça para tentar reverter a decisão.

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Museu

O futuro Museu de História, Antropologia e Cultura do Litoral Norte terá parceria da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) tanto para a sua concepção quanto à sua implantação. Nesta semana, técnicos do órgão fizeram a primeira visita técnica ao local.

A proposta é que o espaço seja usado não apenas com exposições, mas também com ações educativas, todas com visitação pública. O valor a ser investido e data em que ele será instalado ainda demandará estudos e projetos.

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