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Igreja luterana se une pela reconstrução de templo que desabou

Oito dias após o acidente, a igreja já tinha arrecadado 80 000 reais em doações de outras comunidades do Brasil e também do exterior

Por Estadão Conteúdo
15 Maio 2018, 11h13

Mesmo danificados, tijolos, arcos de madeira e vitrais da Igreja Martin Luther têm uma importância fundamental na reconstrução da paróquia que foi atingida no desabamento do prédio Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo. Ainda sem saber a dimensão total dos estragos, a comunidade luterana já se organiza para que a restauração chegue o mais próximo possível de como era o imóvel.

Oito dias após o acidente, a igreja já tinha arrecadado 80 000 reais em doações de outras comunidades luteranas do Brasil e também do exterior. O pastor Frederico Carlos Ludwig também pediu ao Corpo de Bombeiros para não retirar o entulho da paróquia. “Ali nos escombros, tem muito material valioso. Os tijolos podem ser reaproveitados, os bancos podem ser consertados, até mesmo os vitrais podem ser reconstruídos mesmo que a gente use só parte deles”, diz o pastor.

A intenção da comunidade é reconstruir a igreja no mesmo local, já que a torre frontal e o altar não foram afetados. “Só o miolo foi afetado. É possível que ela volte a ser exatamente como era antes”, disse o pastor Ludwig.

O religioso afirmou que não é possível, por ora, estimar o custo da reforma, já que ainda não há um parecer final do estado do imóvel pela Defesa Civil. O projeto de reconstrução também vai precisar de aprovação do Condephaat e Conpresp, conselhos de defesa do patrimônio histórico do Estado e município de São Paulo, respectivamente, responsáveis pelo tombamento da igreja.

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O valor arrecadado ainda está muito longe do que a eventual reconstrução deve custar. O último restauro da igreja, que havia sido concluído há dois anos, custou 1,3 milhão de reais apenas para a parte interna. Mesmo sem um laudo final, o que se sabe sobre a situação do imóvel é que 90% do telhado e a parede do lado direito foram derrubados.

Para o professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) Lucio Gomes Machado, é possível restaurar a igreja “da forma como foi concebida” e manter o tombamento do imóvel. “O valor dele não está na originalidade da construção, mas no seu valor cultural e arquitetônico. Na correspondência do projeto com a religião”, diz.

Segundo Machado, por ser uma construção do início do século 20, a maioria dos materiais foi feita industrialmente, como os tijolos. Assim, mesmo que estejam destruídos, podem ser reproduzidos no mesmo formato e tamanho. “É perfeitamente possível remontar a igreja a partir do que sobrou”, conclui.

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