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Família Schurmann envia exemplares de frutos do mar para análise da USP

Expedição da família ao redor do mundo recolhe exemplares para investigar presença de plástico nos alimentos

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 27 Maio 2024, 22h12 - Publicado em 8 abr 2022, 06h00
Vilfredo, Heloísa, David, Pierre e Wilhelm Schurmann. (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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No mar desde agosto de 2021, a expedição Voz dos Oceanos saiu de Santa Catarina com um objetivo: conscientizar o planeta sobre a presença crescente de plásticos nos oceanos. Uma nova parceria entre a Família Schurmann e a USP vai dar uma dimensão em detalhes sobre como o problema afeta de forma direta a população.

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É a quarta viagem do grupo famoso por suas aventuras em águas internacionais. O veleiro Kat leva Heloísa, 75, Vilfredo, 73, e Wilhelm Schurmann, 46, a bordo. Desde março deste ano, quando a expedição estava no Pará, Erika CembeTernex, 33, a cozinheira da tripulação e companheira de Wilhelm, compra frutos do mar de mercados locais.

A partir de então, de cada ponto da viagem — que saiu do Brasil rumo ao Caribe e depois segue para os Estados Unidos, volta para a América Central, passa por ilhas do Oceano Pacífico e termina na Nova Zelândia, em 2023 — os alimentos são enviados para o Instituto Oceanográfico da USP, na Cidade Universitária.

Em terras paulistanas, cientistas analisam o nível de presença dos chamados microplásticos nos organismos. “Os moluscos bivalves, que são ostras e mexilhões, são filtradores e acumulam o que existe no ambiente”, explica Alexander Turra, professor do instituto que coordena a pesquisa.

Com os dados, um grande estudo será publicado usando as informações. “Vamos avaliar, por exemplo, os riscos da presença de plástico nesses alimentos para a saúde humana”, diz Turra. Os canais das redes sociais da expedição divulgarão os resultados obtidos em cada parada.

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Outra parte do projeto é o lançamento de um aplicativo, ainda em construção, que permitirá a análise da presença de lixo nas praias por meio de fotos e vídeos coletados por qualquer pessoa ao redor do globo. Um software vai investigar as imagens para detectar o nível de sujeira na areia. O app estará disponível para download em smartphones.

A pesquisa, no entanto, pode ir além. Em um cenário financeiro ideal, os pontos passam a ser continuamente monitorados, para a comparação anual da presença de microplásticos em cada região por onde passou a expedição. Para essa segunda parte, os Schurmann buscam apoio financeiro de parceiros. “É um projeto de menos de 1 milhão de reais. A primeira etapa, de um custo básico, a Voz dos Oceanos e a USP conseguem absorver”, explica David Schurmann, 47, que comanda da terra firme a Voz dos Oceanos.

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Publicado em VEJA São Paulo de 13 de abril de 2022, edição nº 2784

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