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Estreia de sucesso: ex-eñe, Flávio Miyamura torna-se chef do Miya

Cozinheiro demonstra talento ao preparar joias culinárias em tamanho pequeno

Por Arnaldo Lorençato
Atualizado em 5 dez 2016, 16h56 - Publicado em 25 ago 2012, 00h31
Flávio Miyamura - restaurantes - 2284
Flávio Miyamura - restaurantes - 2284 (Fernando Moraes/)
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Dos 20 aos 26 anos, Flávio Miyamura ajudou chefs estrelados a brilhar. Ele auxiliou Alex Atala, no D.O.M., entre 2004 e 2007. Depois, participou da inauguração e comandou os fogões do eñe, dos catalães Sergio e Javier Torres. Seu desempenho deu tão certo que o endereço espanhol foi eleito, em 2010, o melhor da categoria na edição “Comer & Beber” de VEJA SÃO PAULO. Em maio do ano passado, o cozinheiro deu baixa para ter o próprio restaurante. E assim surgiu o Miya, aberto dois meses atrás com mais três sócios.

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Miyamura demonstra talento ao preparar joias culinárias em tamanho pequeno. É impossível não se render à terrine de foie gras e doce de leite (R$ 42,00) de textura sedosa e doçura na medida, servida não com o clássico brioche, mas com pão italiano. As vieiras discretamente chapeadas são valorizadas pela adição de raspas de limão-siciliano (R$ 19,00). Chegam na forma de espetinhos, sobre rodelas de palmito pupunha. O ovo perfeito (R$ 18,00) expressa as raízes orientais do cozinheiro. Levado para ser cozido a 62º C, conserva a gema mole e é colocado num caldo de legumes com edamame (grão de soja verde) e bacon. Dos pratos principais de peixe, revela delicadeza o olhete assado com legumes num saquinho (R$ 42,00). Marcante, a costelinha de porco besuntada de missô tem acelga chinesa (R$ 38,00) como guarnição.

Para encerrar, reserve o morango macerado em açúcar e cachaça coroado com pasta doce de feijão-azuqui (R$ 13,00). Com sabores tão distintos, prefira um tinto leve, caso do Valpolicella D.O.C. Superiore Vicentini 2009 (R$ 95,00) ou um branco fresco, a exemplo do Lagar Cervera Albariño 2010 (R$ 126,00).

Comida ✪✪✪✪ | Ambiente ✪✪✪ | Serviço ✪✪✪

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