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São Paulo tem mais de 500 estrangeiros sem teto

Eles perambulam pelas ruas ou dependem de uma vaga nos albergues da capital

Por Claudia Jordão
Atualizado em 27 dez 2016, 17h45 - Publicado em 27 abr 2012, 21h01
Estrangeiros sem Teto - Tabela
Estrangeiros sem Teto - Tabela (Veja São Paulo/)
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Existem 14.478 pessoas na cidade vivendo na rua ou em albergues, o que significa um aumento de 6% sobre a população de indivíduos nessa condição registrada há dois anos. Os dados fazem parte de um novo censo produzido pela Secretaria de Assistência Social da prefeitura. Divulgado na semana passada, o trabalho tem como objetivo dimensionar o tamanho do problema e, com isso, orientar as ações do poder público. Para dar conta da demanda crescente, há hoje uma oferta de sessenta abrigos na capital, com 10.115 vagas. O número de casas cresceu 40% desde 2009. Na Barra Funda fica a maior delas, com capacidade para aproximadamente 1.000 hóspedes. Nesses locais, os moradores recebem de duas a cinco refeições diárias. Manter a infraestrutura custa por mês 6 milhões de reais aos cofres do município.

+ Conheça a história do italiano Daniele Carbone

+ Ron Stephen White: veja como o canadense acabou vivendo nas ruas

+ O japonês Kiyoshi Ishimaru levou um golpe e acabou em um albergue

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Desde 2000, a prefeitura acompanha por meio de pesquisas a evolução do quadro dos sem-teto. Nesse mais recente estudo, divulgou-se pela primeira vez o total de estrangeiros. O resultado apontou 513 pessoas, a maior parte delas de países da América Latina, como Bolívia, Peru e Colômbia (veja o quadro abaixo). Mas há as que vêm de outras regiões, como América do Norte, Europa e Ásia. Em comum, suas histórias carregam o sabor amargo de um sonho frustrado. Como vieram parar aqui e acabaram dormindo embaixo de uma marquise ou em albergues? “Eles desembarcaram em busca de uma oportunidade e falharam na tentativa de alcançá-la”, afirma Alda Marco Antonio, vice-prefeita e secretária de Assistência Social.

A seguir, VEJA SÃO PAULO mostra o depoimento de três desses personagens surpreendentes: um italiano de Nápoles, um canadense de Toronto e um japonês da província de Yamaguchi.

+ Cresce o número de estrangeiros nas faculdades da cidade

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+ Histórias dos detentos da Penitenciária que reúne estrangeiros

TORRE DE BABEL

O raio X dos forasteiros que vieram para São Paulo e não têm moradia   

DE ONDE VÊMAs principais localidades*

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Bolívia: 83

Haiti: 67

Peru: 38

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Colômbia: 34

* Inclui moradores de rua e usuários de albergues da prefeitura

Fonte: Censo e caracterização socioeconômica da população em situação de rua na municipalidade de São Paulo (2011)

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O italiano de 37 anos veio para o Brasil para se recuperar do vício, mas perdeu tudo ao conhecer a Cracolândia ( / Estrangeiros sem teto: Daniele Carbone)
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O canadense, que hoje tem 67 anos, teve dificuldade de encontrar trabalho em razão da idade ( / Estrangeiros sem teto: Ron Stephen White)
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Aos 79 anos, o japonês da acorda todos os dias às 5 da manhã para vender produtos de limpeza de porta em porta ( / Estrangeiros sem teto: Kiyoshi Ishimaru)

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